Moradora do bairro Triângulo, Maria Elena dos Santos, 51 anos, denunciou que foi agredida por policiais militares envolvidos na ocorrência de 24/9 em que houve nove detenções (e liberação de todos na Polícia Civil) e seis militares agredidos.
Maria Elena fez o registro no Ministério Público e perante a Comissão de Direitos Humanos da Câmara/PN, sendo recebida pelo vereador Hermano Luís/PT. Ela é mãe de dois dos envolvidos: Luiz, 32, e Rogério Santos de Souza, 34.
“Sou uma cidadã comum, não tenho problemas com a Justiça. Se meus filhos têm problemas, isso não se pode estender até a mim. Quero que a justiça seja feita, não quero dinheiro nenhum, quero apenas justiça”, disse a reclamante.
Conforme publicado nesta FOLHA na edição de 29/9, lesão corporal, ameaça, desacato e resistência à ação da PM constaram numa única ocorrência da PM em 24/9, no bairro São Judas Tadeu. No atendimento aos feridos, houve grande movimentação na porta do Pronto-Socorro do Hospital Arnaldo Gavazza.
O outro lado
Comandante do 1º Pelotão da PM/Ponte Nova, o tenente Vitor Rocha explicou o seguinte:
“Os policiais narraram que dois militares, ao efetuarem abordagem policial em dois indivíduos possuidores de diversas passagens criminais, foram agredidos por eles. Em seguida, outras pessoas também passaram a investir contra os militares, reagindo inclusive contra os demais PMs que chegaram em apoio. As equipes utilizaram de força policial para quebrar a resistência dessas pessoas, conter, algemar e prender essas pessoas pelo crime de resistência. Da ação, tanto os militares quanto os envolvidos restaram lesionados”, disse ele.
O oficial completa: “O policial possui presunção de veracidade dos atos que pratica. Logo, pela narrativa oficial do REDS [boletim de ocorrência], não houve ilegalidade, abuso ou excesso. Logo, cabe aos reclamantes apresentarem provas do contrário.”