Neste início de semana, o Ministério Público da Comarca de Ponte Nova delibera sobre requerimento do Consórcio Intermunicipal de Saúde/Cisamapi para instauração de inquérito cível sobre a situação financeira do Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD. A Direção deste informou, em data recente, que, por conta de situação deficitária, há necessidade de fechamento – a partir de 20/9 – da UTI Neonatal/UTIN e da Maternidade.
Os dirigentes do Cisamapi pedem a instauração de procedimento investigatório, bem como eventual ação civil pública visando apurar a regularidade da utilização de recursos públicos, solicitando “adoção de medidas judiciais na esfera cível e criminal, visando penalizar eventuais responsáveis”.
O oficio ainda solicita “providências pró-manutenção, no HNSD, do atendimento materno-infantil até a conclusão das investigações”. Assinam a carta os integrantes da comissão instituída em 8/8, em assembleia do Consórcio, os quais representam as Prefeituras de Alvinópolis, Guaraciaba, Ponte Nova, Rio Doce e Santo Antônio do Grama.
Como esta FOLHA informou em 11/8, já se requereu, perante a Superintendência Regional de Saúde, auditoria do Estado nas contas do HNSD, justamente “para que seja verificado como foram aplicados os valores repassados regularmente pelo Estado e a União através dos Fundos Municipais de Saúde e dos Municípios”.
Ouvido nesta segunda-feira por este Jornal, o administrador do Hospital, Ronaldo Rafael de Oliveira, disse que a Instituição não pretende “entrar em debate” com o Cisamapi ou responder a eventuais declarações acusadoras. “O HNSD tomou a dianteira ao abrir sua contabilidade para todos na assembleia de 1º/8, preocupado em resolver os problemas, antes de se limitar a procurar culpados”, disse ele.
Conforme Ronaldo, há “permanente abertura” para o entendimento em defesa dos serviços tão essenciais para a população: “Por isso mesmo, o nosso Hospital não está preocupado em esconder nada e vai liberar todos os dados contábeis, assim que houver solicitação formal.”