O dirigente da Superintendência Regional de Saúde/PN, Ademar Fernandes Moreira, disse à nossa Reportagem, nesta segunda-feira (31/7), que conta com entendimento macrorregional para que o Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD não leve adiante a proposta de desativar a sua Maternidade e UTI Neonatal.
Como esta FOLHA divulgou com exclusividade na semana passada, a Direção do Hospital anunciou reunião, às 18h desta terça-feira (1°/8), prevendo “deliberações sobre a sequência do serviço da Maternidade, Obstetrícia e da UTI Neonatal no atual modelo de remuneração”. A expectativa é de ouvir indicativos de busca de saída até 10/8.
O convite, enviado para dirigentes municipais de saúde, prefeitos, autoridades regionais do setor e convidados, é assinado por Francisco Rodrigues da Cunha Neto/provedor da Irmandade do HNSD, Ronaldo Rafael de Oliveira/administrador e Renato Jorge Medeiros/diretor-técnico.
Na prática, como anteciparam Francisco e Ronaldo para esta FOLHA, deve haver comunicado formal sobre a desativação dos serviços acima citados em 60 dias (20/9), como forma de minimizar a crise financeira da Instituição. A deliberação foi tomada ainda em 4/7, em reunião ampliada da Mesa Administrativa da Irmandade.
De acordo com Ademar Moreira, a região não pode prescindir desse importante serviço na área materno-infantil. “Extinguir, nem pensar!”, exclamou ele, que vê o assunto como prioridade nesta semana. “Já conversei com o prefeito de Ponte Nova, Wagner Mol/PSB, e com a sua secretária de Saúde, Ariadne Salomão, pois o tema passa pela gestão plena do Sistema Único de Saúde/SUS”, resumiu ele.
Na abertura da Conferência/PN de Saúde, em 28/7, Wagner foi taxativo: “A população pode ficar tranquila, pois não haverá o fechamento”. Conforme o chefe do Executivo, a prestação desses serviços essenciais implicam custeio público via convênios estaduais e federais, num cenário a ser equacionado com a Direção do HNSD.