Sob comando do delegado Wallace Drey Soares, equipe de investigadores segue apurando dois atentados à bala ocorridos na semana passada, em menos de 24 horas, em Ponte Nova. Num caso, morte imediata de um jovem. No outro, o rapaz ficou hospitalizado durante três dias.
O delegado informa que as investigações estão avançadas. “Mas vamos manter em sigilo as informações para não atrapalhar o andamento do inquérito”, disse Wallace a esta FOLHA neste 18/7. Saiba mais sobre os casos, conforme já divulgado por este Jornal.
Morte de Macaquinho
Thales Felipe da Silva (Macaquinho), 27 anos, morador na Vila Alvarenga, recebeu 8 tiros na noite de 8/7 (sábado), na rua Santo Antônio/bairro Primeiro de Maio, e ficou internado no CTI do Hospital Arnaldo Gavazza/HAG, mas acabou morrendo no fim da tarde de 10/7 (segunda-feira).
Macaquinho foi sepultado em 12/7 (quarta-feira), às 8h, no Cemitério do Centro/PN. O velório ocorreu na Capela da Funerária Paz em Vida/Centro, desde as 12h do dia anterior.
A PM verificou que o atirador estava a bordo de veículo Parati de cor escura. O perito Leonardo Pelinsari/Polícia Civil de Ponte Nova encontrou nove cápsulas deflagradas (calibre 9mm), além de projétil intacto deixado no chão. Constataram-se ainda perfurações em paredes de casas vizinhas.
Em meados de maio, Macaquinho escapou de atentado à bala na Vila Alvarenga e, em 28/5, foi detido – e liberado – no vizinho bairro Dalvo Bemfeito, quando conduzia moto tendo na garupa adolescente de 17 anos flagrado com bucha de maconha.
Morte de Ítalo
Ítalo Augusto Ângelo, 18, do bairro Novo Horizonte/PN, foi assassinado na madrugada de 8/7 (sábado). Ele recebeu dois tiros de revólver próximo do Bar Km2, na BR-120, nas imediações da ponte do Kuxixo, conforme registrou a Polícia Militar.
A PM repassou o caso à Polícia Civil informando que na referida boate há câmeras de segurança, que podem ter filmado a ação do atirador, mas as imagens não foram fornecidas aos militares.
Os militares receberam informe de um segurança (nome não informado) de que Ítalo foi baleado por um rapaz e socorrido num Palio de cor prata, o qual foi acompanhado por ocupantes de um Gol.
Os policiais deslocaram-se para o Hospital Arnaldo Gavazza, na expectativa de ouvir Ítalo, mas ele já estava em óbito. Algum tempo depois, os militares localizaram o condutor do Palio, e este (nome preservado) disse que “ouviu os disparos, notou a vítima caída e a socorreu juntamente com uma testemunha (rapaz machucado nos joelhos), mas não viu o atirador”, conforme constou do boletim policial.
Durante patrulhamento, os policiais encontraram o rapaz ferido, que deu esta versão: “Ele ouviu os tiros, saiu correndo, quando caiu machucando os joelhos, e, ao ver a vítima caída, ajudou no socorro até o Hospital, onde conversou com alguns indivíduos do Gol, mas não os reconheceu e não soube informar mais nada.”
Advogada explica
Falando a esta FOLHA em 13/7, Rita Elisa Rocha, advogada do gerente do Bar Km2, Sérgio Lopes, explicou que o homicídio não ocorreu no bar: “Esclarecemos que o rapaz não estava frequentando o bar. Ele é morador do bairro Novo Horizonte e foi perseguido até as imediações do bar, tanto que as imagens de segurança não registraram o homicídio. O segurança escutou barulho de tiro, e pessoas que estavam no local foram ver o que ocorreu próximo do bar.”