
"Infelizmente, o Senado Federal se rendeu ao Governo Temer e, de maneira irresponsável, desnecessária e inoportuna, aprovou na noite da última quarta (11/7) a Reforma Trabalhista.
Uma legislação injusta e cruel, porque agride o trabalhador e atenta contra a nossa história de conquistas, durante os 74 anos de vida da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. Esta iniciativa retira as garantias asseguradas pela CLT, promovendo APENAS a precarização das relações de trabalho e um enorme retrocesso social.
É lamentável! Um grande retrocesso para o Brasil, principalmente do ponto de vista da democracia, já que nem mesmo houve amplo debate com a sociedade. E esta reforma nunca foi solicitada nem querida pelo movimento sindical dos trabalhadores. Prevaleceu a vontade dos poderosos, dos empresários, dos banqueiros. A população de maneira geral, a classe trabalhadora, sai mais uma vez perdendo!
A maioria da população é contra a reforma trabalhista. Mas a vontade do povo, que tem poder de voto, não importa para deputados e senadores. É preciso pagar a conta da campanha eleitoral, financiada por grandes empresas. Para isso, Executivo e Legislativo impõem perdas irreparáveis ao trabalhador, que agora tem a obrigação de dar a resposta, nas urnas.
É fundamental saber como se posicionaram deputados e senadores para, nas eleições de 2018, tirar-lhes o mandato. Os três senadores mineiros – Aécio Neves, Antônio Anastasia e Zezé Perrella – votaram contra o desejo da população, ou seja, A FAVOR da reforma trabalhista.
Não dá para assistir ao Congresso Nacional acabar com o país. Obrigar o povo a pagar por uma conta que não é dele. A reação das ruas foi grande, mas não suficiente. A urna, portanto, é fundamental.
Mas não concordamos com esta reforma e não ficaremos parados, mesmo num cenário em que a correção não nos favorece, no Congresso Nacional. O Sindicato dos Bancários de Ponte Nova e Região, juntamente com outras entidades sindicais, vai buscar alternativas para reverter esta mudança acachapante da nossa CLT, e com isto continuarmos no caminho de normas que promovam segurança e melhorias para a classe trabalhadora, em especial para os bancários brasileiros!
A luta continua! Os trabalhadores precisam guardar os nomes dos atuais deputados e senadores que votaram pela retirada de direitos (terceirização, reforma trabalhista e reforma da Previdência), para que eles não sejam reeleitos!
Nunca haverá democracia no Brasil enquanto o ator político mais influente for uma concessão pública de comunicação."
