Famílias de atingidos pela lama da Barragem de Fundão/Mariana bloquearam, desde essa terça-feira (6/6), o trabalho de recuperação das margens do rio Doce – nas imediações do lago da Usina Hidrelétrica/UHE de Candonga -, afetadas desde nov/2015 pela lama da referida barragem.
Quando se concluiu esta notícia, às 11h desta quarta (7/6), atingidos e dirigentes da mineradora Samarco reuniam-se em área anexa ao povoado de Santana do Deserto, em Rio Doce, tendo companhia de representantes de comunidades afetadas também em Santa Cruz do Escalvado.
Uma das faixas abertas durante o protesto acusava a Samarco de “trazer especialista da África para se defender dos garimpeiros e pescadores e não buscar, em Minas, alguém para resolver a tragédia [da Barragem de Fundão]”. Outra faixa tinha estes dizeres: “É para rir ou chorar? A Samarco destrói vidas, rios, o trabalho e ainda quer falar em lei na hora de pagar.”
Em 2/6, noutro protesto, cerca de 50 pessoas fecharam a estrada que dá acesso à UHE de Candonga. Naquela data, como neste 7/6, a Polícia Militar foi chamada para “acompanhar o ato”.
O movimento pede o reconhecimento de pescadores e garimpeiros para que possam receber auxílio financeiro mensal e cobra agilidade na contratação de assessoria técnica independente para acompanhar os atingidos no processo de reconstrução de Candonga. Outro ponto reivindicado é que os rejeitos que se acumularam na UHE não sejam transferidos para área em Santana do Deserto.