Começou, às 9h desta terça-feira (6/6), o julgamento de Gilmaria da Silva Patrocínio, 34 anos, processada pelo assassinato, em 26/6/2015, de Patrícia Xavier da Silva, 21, grávida de 9 meses. A sessão deve estender-se por todo o dia, com previsão de surgimento da sentença no final da noite.
A juíza Dayse Baltazar comanda a sessão, na qual o Conselho de Sentença avalia crimes de: homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e dissimulação); ocultação de cadáver; dar parto alheio como próprio; e subtração de incapaz. Ela pode receber pena de 30 a 45 anos de prisão.
Gilmaria reapareceu na mídia em 12/5, quando foi entrevistada pela TV Educar na festa para as mães detentas realizada na Penitenciária/Ponte Nova. Ela disse que “o delegado jogou isso [o crime] para mim, mas todo mundo sabe que não tinha como eu fazer aquilo tudo sozinha”.
A expectativa era de que, no final da manhã, Gilmaria fizesse o seu depoimento diante do Júri, formado por cinco mulheres e dois homens. Os advogados de defesa são Bruno Menezes e Viviane Romano Silva. Atua na acusação o promotor Henrique Kleinhappel Andrade, tendo como assistente o advogado José Fernandes.
Entenda o caso
Patrícia residia no bairro Cidade Nova e desapareceu em 26/6/2015. Bombeiros encontraram o seu corpo em 30/6, com um corte no ventre indicando a retirada do bebê (um menino).
Quatro dias depois, Gilmaria foi presa ao procurar atendimento de saúde no Hospital de Nossa Senhora das Dores/HNSD.
Já na tarde de 1º/7/2015, houve reconstituição do crime.
Gilmaria admitiu que matou Patrícia para ficar com o bebê dela. No inquérito da Polícia Civil, consta que a assassina confessa agiu sozinha, atraindo Patrícia para local ermo, perto da extinta lavanderia do Hospital Arnaldo Gavazza, em estrada rural entre o bairro Vale Verde e a Fazenda Estiva.