Na noite de 18/5, motoristas e trocadores da São Jorge Auto Bus votaram pela greve no transporte coletivo de Ponte Nova, por tempo indeterminado, a partir de 22/5, segunda-feira. A causa é a demora na concessão de reajuste para a categoria. A principal reivindicação é de 15% de aumento salarial, a contar de fevereiro deste ano.
Presidente e vice do Sindicato dos Rodoviários, respectivamente Ubiracy Martins Soares e Virgílio Ferreira Milagres, coordenaram a assembleia [com 32 participantes], acompanhada com exclusividade pela Reportagem desta FOLHA no Refeitório da São Jorge Auto Bus, em Palmeiras.
Conforme Ubiracy, “a greve será pacifica. Os funcionários ficarão de braços cruzados a partir das 2 horas da madrugada, diante da garagem da empresa, liberando apenas a saída de coletivos fretados para transporte de trabalhadores de algumas empresas ou para atender cidades da microrregião”.
Renata Soares/advogada do Sindicato informou – durante a assembleia – que protocolaria ainda na sexta-feira, 19/5, no Ministério Público, a decisão da assembleia, para que o movimento grevista ocorra “dentro da legalidade”.
Virgílio revelou que, em reunião com o diretor-geral da São Jorge Auto Bus, José Flávio Andrade, este solicitou adiamento, até 24/5, da decisão sobre a greve. “Mas, ele não teve resposta da Prefeitura sobre o pedido do aumento da tarifa. Nós não temos nada a ver com esta situação, somos empregados e estamos com salários baixos há muito tempo”, explicou o vice-presidente do Sindicato.
Como esta FOLHA já informou, a São Jorge requereu, desde fevereiro, perante à Prefeitura, a correção da tarifa, congelada em R$ 2,50 e subsidiada pela Administração Municipal, que repassa em média R$ 90 mil/mês para a empresa.