
Numa semana com tantos acidentes de trânsito em Ponte Nova e uma morte em rodovia da região, esta FOLHA aderiu ao Movimento Maio Amarelo (veja o laço anexo ao título desta edição), lançado pela Organização Mundial da Saúde/OMS para colocar em pauta o tema “segurança viária” e mobilizar a sociedade.
Não há informe de divulgação do Maio Amarelo em Ponte Nova. Em Belo Horizonte, o Departamento de Trânsito/Detran-MG oficializou a campanha em 5/5 com ação educativa envolvendo alunos de diversas escolas, orientados sobre travessia segura em ruas e avenidas.
“A atenção no trânsito e o respeito às regras são fundamentais para mudar o cenário de violência nas vias do país. O Brasil é o quinto país no mundo em mortes por acidentes no trânsito. Atitudes conscientes de motoristas e pedestres contribuem para mudar esta realidade”, afirmou o diretor do Detran/MG, Rogério de Melo Franco Assis Araújo.
O tema escolhido para 2017 é “Minha Escolha Faz a Diferença”, apelando para a conscientização sobre as medidas de segurança praticadas diariamente por condutores e pedestres. São ações que podem mudar o cenário dos acidentes em nosso país, onde, por ano, mais de 43 mil pessoas perdem a vida por esse motivo, segundo dados do Ministério da Saúde.
Acompanhando o sucesso de outros movimentos, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, os quais tratam respectivamente dos temas “câncer de mama” e “próstata”, a OMS recorreu ao “Maio Amarelo” propondo debate amplo sobre as responsabilidades de cada cidadão, seja a pé ou a bordo de veículos.
A referência da OMS às campanhas contra o câncer é proposital. Afinal, a mortandade no trânsito constitui uma “epidemia moderna”. Esta FOLHA chama atenção para a proposta pelo necessário compromisso de todos com o
bem-estar social, a educação e a segurança.
Para refletir, mais alguns números: pelo mundo afora, registram-se – por dia – três mil mortes nas estradas e ruas (e o Brasil está em 5º lugar neste trágico ranking). Pelo menos 20 milhões de pessoas sobrevivem aos acidentes com traumatismos e ferimentos.
A chave para redução desta mortalidade é atuar pela edição de leis rigorosas que coíbam sistematicamente os 5 principais fatores de risco: dirigir sob efeito de álcool; excesso de velocidade; e não uso de capacete, cinto de segurança e cadeirinhas para passageiros mirins.