Em Ponte Nova, as Paróquias São Sebastião/Centro Histórico e São Pedro/Palmeiras solidarizaram-se com a greve nacional contra as reformas federais, suspendendo o expediente em seus escritórios, durante esta sexta-feira, 28/4. A despeito da chuva (foto), a concentração iniciou-se, na praça de Palmeiras, a partir das 9h.
A Paróquia São Pedro divulgou nota informando que a decisão surgiu “em sintonia com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB”. Postura similar teve a Paróquia São Sebastião, “em comunhão com os trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil”.
Já a Paróquia Santíssima Trindade divulgou em 27/4, pelas redes sociais, trecho de recente documento da CNBB, o qual salienta que “o trabalhador não é mercadoria, por isso, não pode ser ‘coisificado’. Ele é sujeito e tem direito à justa remuneração, que não se mede apenas pelo custo da força de trabalho, mas também pelo direito à qualidade de vida digna”.
Segundo o documento da CNBB, “o dia do trabalhador e da trabalhadora é celebrado, neste ano de 2017, em meio a um ataque sistemático e ostensivo aos direitos conquistados, precarizando as condições de vida, enfraquecendo o Estado e absolutizando o mercado”.
A CNBB diz não ao “conceito economicista da sociedade, que procura o lucro egoísta, fora dos parâmetros da justiça social”, conceito – este – mencionado em 1°/5/2013, durante audiência pública do papa Francisco.
“Nesta lógica perversa do mercado – continua a nota da CNBB – os Poderes Executivo e Legislativo reduzem o dever do Estado de mediar a relação entre capital e trabalho e de garantir a proteção social. Exemplos disto são os Projetos de Lei 4.302/16 (Lei das Terceirizações) e 6.787/16 (Reforma Trabalhista), bem como a Proposta de Emenda à Constituição 287/16 (Reforma da Previdência). É inaceitável que decisões de tamanha incidência na vida das pessoas e que retiram direitos já conquistados sejam aprovadas no Congresso Nacional sem um amplo diálogo com a sociedade."