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InícioCIDADEEnsa alerta pais e estudantes sobre o 'Baleia Azul'

Ensa alerta pais e estudantes sobre o ‘Baleia Azul’

Nessa quarta-feira (19/4), estudantes – e seus pais – da Escola Nossa Senhora Auxiliadora/Ensa receberam, da Direção Escolar, carta com alerta para dois assuntos que vêm chamando a atenção de crianças e adolescentes e gerando discussões entre formadores de opinião em jornais, sites e redes sociais no Brasil e no mundo: a série “13 Reasons Why”, da Netflix, e o jogo "Baleia Azul" ("Blue Whale").

O documento – editado pela Rede Salesiana Brasil de Escolas – informa que especialistas chamam a atenção para o modo como a série e o jogo podem estimular comportamentos negativos, até mesmo o suicídio, “especialmente entre os jovens, que mais precisam de cuidados psicológicos”.

O documento vem a público sem notícias oficiais de envolvimento de adolescentes de Ponte Nova no jogo “Baleia Azul”, cuja prática, em grupos fechados de redes sociais, seria responsável por pelo menos dois suicídios registrados no interior de MG. “Consideramos importante alertar as famílias e reunir informações para que nossos alunos e alunas tenham a orientação e o acompanhamento necessários”, assinala o documento.

Como se sabe, o “Baleia Azul” consiste num jogo clandestino, no qual é dada uma série de instruções que agridem, fragilizam e induzem os participantes a tirarem a própria vida. O jogo teve início na Rússia e rapidamente se espalhou via internet, já tendo várias ocorrências registradas no Brasil.

“Trata-se de quadrilha que alicia crianças e jovens e os leva a atos perigosos, sob disfarce dos 50 desafios do jogo. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que está investigando a rede criminosa, os participantes aceitam o convite para o jogo no Facebook, passam seus dados pessoais e de familiares e recebem posteriormente as orientações por Whatsapp”, continua o ofício salesiano para acrescentar:

“Os desafios, que devem ser gravados e enviados aos membros do grupo, vão aumentando gradativamente os riscos. Começam mais fáceis, como “acordar em horários específicos da noite” ou “assistir a filmes de terror”, e ordenam, na fase final, a automutilação e o suicídio. As tarefas chegam durante a madrugada, a fim de não chamarem a atenção dos pais. Se mostrar sinais de resistência ao cumprimento das provas, o jogador tem a sua família ameaçada.”

A Direção da Ensa abriu o debate sobre o assunto nas salas de aula e divulga, com a carta da Rede Salesiana Brasil de Escolas, algumas recomendações importantes:

– Informar os filhos sobre a existência do jogo "Baleia Azul" e seus perigos. – Instruir os filhos a não adicionarem estranhos nas redes sociais. – Monitorar o uso de smartphones e redes sociais. – Restringir o uso da internet em determinados horários. – Estar presente nos pátios virtuais e acompanhar o que o filho está fazendo. – Ficar atento a qualquer mudança radical no comportamento de crianças e adolescentes. – Acolher os filhos e conversar sempre que notar neles algum desconforto.

Quanto à série “13 Reasons Why”, da Netflix, trata-se de série norte-americana disponível para assinantes do serviço de “streaming”.

A série gira em torno de uma estudante que se mata após uma série de agressões sofridas dos colegas no ambiente escolar. Antes de tirar a própria vida, ela grava em fita cassete explicando para treze pessoas como elas desempenharam certo papel na sua morte.

“Profissionais da área de Psicologia têm alertado para o fato de que a série, embora tenha valores contra o bullying, não toma os cuidados adequados para tratar do tema. Existiria, na lógica da trama, uma ideia romântica do suicídio como alternativa e vingança contra opressões individuais. Também foram criticadas a presença de cenas de estupro e a encenação detalhada do suicídio da protagonista”, salienta a carta distribuída pela Ensa.

Segundo informações do Centro de Valorização da Vida, que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio, os contatos por e-mail multiplicaram-se desde a estreia da série nesse 31/3. Por isso, a escola salesiana deixa “recomendações importantes”:

– A série tem classificação indicativa de 18 anos. Menores devem assisti-la acompanhados dos pais ou responsáveis. Caso seu filho esteja assistindo, é essencial que você o acompanhe.

– É importante conversar com os jovens e aprofundar as questões abordadas. Quais são as generalizações da série? Qual outra alternativa a protagonista poderia ter escolhido? Como ajudar um colega que sofre agressões na escola?

– É preciso ressaltar, sempre, que a vida é um dom divino e precioso e que a depressão é uma doença passível de tratamento e cura.

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