Nesta semana, a empresa Projeto Hexágono Engenharia, contratada pela Samarco, iniciou o serviço de recuperação de cerca de 14km da estrada não pavimentada entre Ponte Nova e Barra Longa (rodovia MG-326), partindo do bairro Rasa e indo até as imediações da Fazenda Quebra-Canoa.
A rodovia (com extensão total de 28km) foi duramente afetada pelo tráfego de caminhões (com cargas de terra e pedra) para reparar, no município barralonguense, os danos causados pela lama da Barragem de Fundão, vazada em nov/2015.
O acerto para o serviço com uso de pó de minério decorreu de entendimentos da Secretaria/PN de Desenvolvimento Rural (Sedru) com a Fundação Renova (vinculada à Samarco), cujos representantes devem, nesta segunda-feira (3/4), visitar trecho já recuperado. A informação é do dirigente da Sedru, Heitor Raimondi.
A esta FOLHA, o encarregado das obras, Adílson Mendes Corrêa, explicou, ontem (30/3), que o serviço deve ser concluído em 15 dias, já tendo sido finalizado no trecho barralonguense. O único entrave, no município vizinho, foi a necessidade de instalação de desvio em trecho onde há uma ponte quebrada, explicou Adílson.
Ainda segundo Adílson, o pó de minério é “material muito bom e, bem colocado, garante a circulação dos veículos”, pois o piso fica assemelhado ao que recebe camada de asfalto. O encarregado também disse que, além da recuperação do piso, está sendo implementado projeto de escoamento das águas de chuva.
A última etapa do serviço será em trecho de 1km, na chegada da rua Joaquim Machado Guimarães/Rasa, onde a rodovia é margeada por casas. “Equipe de engenheiros da Samarco virá para avaliação das moradias, para que não ocorram problemas, como rachaduras ou outros danos à estrutura delas”, explica Adílson.
Em fevereiro, este Jornal divulgou reclamação de Manoel Martins Soares Filho (Maninho) sobre a precariedade da via, especialmente em trechos do entorno de Quebra-Canoa. Ele indicou a necessidade de atuação pelo asfaltamento da estrada.
Ainda em fevereiro, houve reunião, na sede do DER/PN, entre representantes do Estado/MG e da Samarco justamente para discutir sobre a necessidade de recuperação da via, como forma de mitigação de danos e pelo fato de essa estrada ser “saída imediata” para os moradores em caso de novo acidente ambiental.