O delegado Wallace Drey Soares concluiu em 9/3 investigação do roubo ocorrido, às 11h de 3/1, na sede de fazenda em Córrego Vargem Grande, no distrito do Pontal/Ponte Nova.
Estão indiciados Anderson Arcanjo Ferreira Câmara (Bolo), Thiago de Lima Miguel (Thiago Loirinho), Duarte Martins Mangela Barbosa, todos do bairro de Fátima, e Micael Gonçalves dos Santos/Palmeirense. Micael, Bolo e Thiago Loirinho foram presos em suas casas, no início do mês, por investigadores portando mandados judiciais de prisão temporária (30 dias).
Duarte encontra-se foragido, e, segundo o delegado, há informações que ele estaria no Rio de Janeiro/RJ. Ao concluir o inquérito, o delegado solicitou, na Justiça, a conversão da prisão temporária para preventiva. Ele relatou crime de roubo com uso de arma de fogo, formação de quadrilha e manutenção de reféns.
O inquérito
Em 3/1, como registrou a PM, quatro encapuzados – armados com revólveres calibre 38 – chegaram à sede da fazenda exigindo “dinheiro do acerto”. O morador (R.T.) e o funcionário (I.S.M.) ficaram no chão sob mira de armas, enquanto a esposa de R.T. (A.E.S.) foi mantida num cômodo enquanto se revirava a casa.
Ao final, os ladrões fugiram com celular e joias (pertencentes à mulher), R$ 525,00 e caminhonete Fiat Strada, abandonada em canavial da estrada de acesso a Oratórios. Já em 15/2, em diligência no bairro São Pedro, investigadores receberam informações sobre os suspeitos do crime. Apurou-se o nome deles – todos “já conhecidos no meio policial por diversos crimes” -, com localização do celular usado por Micael.
Conforme o delegado, em depoimento Bolo negou ter participado do roubo, enquanto Thiago Loirinho e Micael apresentaram “álibi falso” (estariam trabalhando no dia e horário do crime). Incluiu-se, no inquérito, o fato de que Duarte e Micael foram presos, em data recente, por assalto à mão armada, no qual se apossaram de malote – com grande quantia em dinheiro – da Viação Pássaro Verde.
A situação de Bolo e Thiago Loirinho “ainda é mais preocupante, uma vez que ambos cumprem pena em regime semiaberto no Presídio/PN e, mesmo assim, insistem em delinquir quando estão em liberdade”, mencionou o delegado. Ao solicitar que a Justiça converta a prisão para preventiva, Wallace diz que, “por garantia da ordem pública, entende-se o estado de paz e de ausência de crimes na sociedade. Logo, fica demonstrada a necessidade da manutenção do acautelamento dos investigados para garantir a ordem pública”.
“Ademais, tendo em vista que os investigados não possuem ocupações lícitas, a probabilidade de que os mesmos voltem a delinqüir é extremamente grande, nada impedindo que os mesmos fujam do distrito da culpa, a fim de evitar futura condenação criminal”, concluiu o delegado.