No final da tarde desta quinta-feira (23/2), o promotor de Justiça Henrique Kleinhappel Andrade concluiu a oitiva dos quatro presos, na véspera, pela Polícia Militar, em operação de resgate de peças sacras e investigação de crime de pedofilia.
Sabe-se que, em diligências simultâneas, os PMs prenderam por força de mandados judiciais:
– O padre Paulo César Salgado, 56 anos, administrador da Quase Paróquia São José, em Oratórios, que trafegava com o seu carro pelo bairro Triângulo, em Ponte Nova.
– O secretário do padre, Vladimir Gomes Magalhães, 51, localizado em Oratórios.
– O advogado Vinícius Cézar Gomes Brandão, 39, interceptado em Rio Casca.
– Sebastião Moreira de Souza, 47, detido na cidade de Matipó.
Enquanto os militares apreendiam vasto material sacro e notebook (com cenas de sexo entre o padre e um adolescente de 16 anos), outra equipe policial esteve em endereço do religioso em BH, onde apreenderam “diversos itens de mídia com conteúdo pornográfico”.
Os PMs agiram com mandados de prisão preventiva expedidos pela juíza Dayse Baltazar, da 1ª Vara Criminal da Comarca/PN, a qual acatou requerimento do promotor Henrique, elaborado ao fim de três meses de investigação.
Para esta sexta-feira (24/2), espera-se que advogados dos presos apresentem, no Fórum/PN, requerimentos de liberdade para seus clientes.
Desde a tarde desta quinta-feira (23/2), está sob guarda da Justiça Criminal, no Fórum, parte dos itens sacros resgatados pelos militares. Outra parte foi levada para a sede do Ministério Público da Comarca, em viaturas da Polícia Civil.
No fechamento desta edição, a Polícia avançava na apuração da origem dos objetos sacros. O ato de flagrante contra o religioso ainda menciona “crime relativo à produção, guarda ou registro de vídeos de conteúdo pornográfico ou de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente”.
