Em recente rodada de negociações sobre a necessidade de a mineradora Samarco compensar Ponte Nova pelos danos causados pela lama da Barragem de Fundão/Mariana, ressaltou-se a importância de a empresa investir na pavimentação asfáltica da estrada rural que liga Ponte Nova/Barra Longa, pois esta seria “rota de fuga” em caso de acidente com dimensões distintas daquele ocorrido em novembro/2015.
Pelo visto, se o asfalto é obra demorada, a recuperação daquela via, especialmente no trecho pontenovense, é a mais urgente. Em 25/1, na sede da Gerência Regional/PN do Departamento Estadual de Rodagem/DER, houve reunião do chefe local, Ivan Carlos Andrade, com representantes da Samarco para tratar justamente da recuperação dessa estrada.
Na mesma data, esta FOLHA recebeu reclamação de Manoel Martins Soares Filho (Maninho) sobre a precariedade da via, especialmente em trechos do entorno da Fazenda Quebra-Canoa. Ele se diz preocupado por conta do tráfego de ônibus escolares a partir do início deste mês de fevereiro.
Esta FOLHA apurou com Maninho e outra fonte que a cobrança feita à Samarco tem razão de ser: desde que passou a recuperar trechos urbanos e rurais de Barra Longa afetados pela lama da Barragem de Fundão (rompida em nov/2015), a mineradora usou a estrada para várias centenas de viagens de caminhões transportando pedras.
“O transporte pesado da Samarco também ocorreu no trecho asfaltado entre Barra Longa e Acaiaca, e lá a empresa recuperou o asfalto. Agora terá que fazer este serviço para dar condições regulares de trânsito nos trechos barralonguense e pontenovense da estrada não pavimentada”, disse a fonte desta FOLHA.
A agenda de 25/1 de Ivan foi uma das últimas como chefe do DER/Ponte Nova. No dia seguinte, o jornal Minas Gerais trouxe o ato de transferência dele para o DER/Ubá. Seu substituto é José Eduardo Duarte, que – até nessa quinta-feira (2/2) – era aguardado para tomar posse.