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Ilustradora de nossa região presente na Bienal do Livro RJ 2025

Na Bienal do Livro, haverá lançamento da obra “Uma vida bordada em palavras”, ilustrada por Luísa Viveiros, artista radicada em Ponte Nova.
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Defesa da vida

Esta FOLHA divulga, na página 14, mais um acidente com morte de adolescente circulando de motocicleta na rodovia MG-265, entre Urucânia e Jequeri. Não se trata, pois, de ocorrência isolada, e ela evidencia “a ponta de um iceberg”, pois, há vários anos, nossas cidades vizinhas – e nossas comunidade rurais – passaram a “importar” as motos, inicialmente para substituir o trabalho à base de tração animal equina.
 
 
O fato é que prolifera, a olhos vistos, a circulação de tais veículos em estradas de terra (e em trechos de rodovias), com característica comum: como não há condições para fiscalização policial de rotina, os condutores apostam na impunidade para – sendo menores ou adultos – trafegarem sem posse de CNHS e desrespeitando os preceitos da direção defensiva.
 
Outra constatação alarmante está no trânsito de motos com documentação irregular, com os condutores substituindo o capacete por boné ou chapéu, tratando de adaptar – ilegalmente  e sem segurança adequada – tais veículos para serviços, que vão da entrega de leite “in natura” a serviços de mototáxi.
 
O mais grave, neste cenário, é que, de forma acentuada, nossas regiões rurais se tornaram mercado para venda de motos furtadas/roubadas e/ou remontadas em oficinas clandestinas, aproveitando peças, placas e chassis de veículos que já estão em desuso.
 
Não por acaso, ao registrar o boletim da ocorrência de 22/1, com a terceira morte recente no mesmo trecho da MG-265, a Polícia Rodoviária Estadual apreendeu a moto com estas irregularidades: não há cadastro da numeração do chassi, e a placa está “fora de circulação”.
 
Em linhas gerais, vale dizer que alguém “reconstruiu” o veículo com peças de outros. Há caso de uso de peças de marcas e modelos distintos, evidenciando uma “indústria” terrivelmente perigosa e, como já notamos, fatal.
 
Em defesa da vida de nossos adolescentes e jovens, apontamos, como medidas imediatas, intensificação  de blitze e investimento em educação para o trânsito, numa iniciativa rural que deve abranger escola, família, igrejas, entidades agrícolas e autoridades.
 
Outros procedimentos são cabíveis – e devem ser pesquisados -, pois não se pode fazer “vista grossa” ao pranto das famílias enlutadas e ao crescente – e custoso – cenário de atendimento aos feridos, que, via de regra, carregam consigo sequelas físicas e psicológicas dos acidentes.
 
A missão é extremamente complexa, mas é preciso dar o primeiro passo – como já dissemos – em defesa da vida.
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