O Complexo Penitenciário de Ponte Nova servirá de apoio para alimentação e dormitório para cerca de 88 detentos de João Monlevade, transferidos para cá na manhã desse domingo (27/11), um dia depois da rebelião no Presídio daquela cidade.
Como esta FOLHA apurou, daqui os presos serão levados para outras Unidades Prisionais de Minas Gerais. De acordo com o diretor de Segurança da Penitenciária/PN, Paulo Sérgio da Silva, “a Penitenciária de Ponte Nova será usada apenas como local de abrigo em trânsito [dos detentos] e apoio [ao Estado]”. De fato, em 28/11, oito detentos monlevadenses já foram transferidos para penitenciária não revelada à reportagem desta FOLHA.
Como a Imprensa estadual divulgou, às 22h30 de 26/11, houve motim por causa da superlotação no Presídio monlevadense, com 288 reclusos em espaço reservado para 75. Não houve feridos no protesto e confronto com a guarda local ou a Polícia.
A transferência de cerca de 88 deles ocorreu pela interdição de Celas da Ala A, danificadas com paredes e camas de concreto quebradas e uso de ferragens da estrutura como armas. Pela Polícia Militar, guarnição comandada pelo major Jayme Alves (que já atuou na PM de Ponte Nova, quando ainda era capitão) cercou o Presídio para evitar fuga em massa.
