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Sede da agência do BB em Ponte Nova vai a leilão em 25/6

Como esta FOLHA apurou, o leilão - com R$ 4,4 milhões de lance inicial - ocorrerá às 15h. A agência deve mudar-se para o bairro Guarapiranga
InícioREGIÃO22 indiciados no esquema de fraude de CNH na região

22 indiciados no esquema de fraude de CNH na região

Juíza criminal de Rio Casca, Danielle Rodrigues da Silva decretou em 6/9 a prisão preventiva de 6 policiais civis e 2 proprietários de autoescolas da região. Além destes, mais dois policiais indiciados – e foragidos ainda ontem (15/9) – são acusados de integrar quadrilha especializada em venda de Carteira Nacional de Habilitação/CNH, num crime denunciado em 29/8.

Esta FOLHA teve acesso, nesta semana, ao processo que tramita na sede da Comarca de Rio Casca, a partir de inquérito concluso enviado pelo delegado regional-adjunto de PN, Wallace Drey Soares, indiciando 22 pessoas, sendo 6 policiais civis, 12 pessoas que compraram CNHs e 4 pessoas ligadas a autoescolas.

Estão reclusos, na Casa de Custódia da PC, no bairro Horto/BH, Glaicon Filemon Monteiro Severino, investigador em Ibirité, e três investigadores de Manhuaçu (Eusimar Pereira da Silva, Sérgio Emerick Dutra e Márcio Ambrósio de Oliveira).

De acordo com a apuração deste jornal, permanecem foragidos os policiais Wellington Ribeiro da Silva e Luciana Rodrigues Moreira, ambos de Manhuaçu. Todos foram indiciados por corrupção passiva e formação de quadrilha. Se comprovada em Juízo a participação deles no esquema, pode haver demissão sumária da Polícia Civil.

De acordo com o inquérito, sendo reprovados em exames aplicados pela Banca da Comissão Examinadora de Ponte Nova, candidatos da região eram aliciados para obter ilegalmente suas habilitações  por intervenção de 4 pessoas acusadas de corrupção ativa: José Fábio Bitarães Neto, da Autoescola Bitrans, de Raul Soares; Júnior César da Silva, da Trânsito Certo, de Rio Casca; a ex-funcionária de autoescola gramense Sônia Maria Untaler Silveira; e Waldir Pedro Gomes Amador, da Autoescola Visão, de Manhuaçu.

Waldir e Júnior César estão recolhidos na Penitenciária de Ponte Nova, mas só falam em Juízo, assim como José Fábio, recluso no Presídio de Manhuaçu. A advogada Daniela Gomes Ibrahim informou a esta FOLHA que dois candidatos a CNH (J.G.A.P. e M.C.S.S.) confessaram o crime e terão redução na pena. Eles foram indiciados por corrupção ativa: “oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”.

Entenda o caso

Num primeiro momento, a Polícia Civil apurou denúncia de que candidatos de Rio Casca, São Pedro dos Ferros e Santo Antônio do Grama compraram CNHs em Manhuaçu depois de serem reprovados na Banca Examinadora de PN, conforme investigações dos delegados Wallace e José Marcelo de Paula Loureiro/regional de PN.

De acordo com o apurado, estes candidatos compraram suas habilitações após serem procurados por pessoas das citadas autoescolas, aliadas do policial Glaicon. Este tinha acesso ao sistema on-line do Detran, alterando o endereço de candidatos para Abre Campo.

Com isso, eles se inscreviam na Banca Examinadora de Manhuaçu, onde os pretendentes chegaram a pagar entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil para obter a carteira. Investiga-se ainda como era a divisão dos valores entre os 34 envolvidos na quadrilha.

O esquema veio a público, em 29/8, com a deflagração da Operação Ovelha Negra, ocorrida simultaneamente em 11 cidades. Segundo a PC, ainda estão na mira dos investigadores condutores dos municípios de: Abre Campo, Luisburgo, Manhuaçu, Matipó, Raul Soares, Rio Casca, Santa Margarida, Sericita e Pedra Bonita.

A Polícia Civil acredita que existam mais de 200 CNHs obtidas de maneira fraudulenta. As autoescolas Bitrans, Trânsito Certo e Visão estão com as atividades suspensas judicialmente, e o Detran-MG instaurou processo administrativo. A Bitrans e a Trânsito Certo entraram com mandado de segurança no Tribunal de Justiça tentando revogar a decisão da suspensão do seu funcionamento.

 

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