Dez meses após o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, os atingidos pela lama realizaram atos, no final de semana passado, para denunciar e exigir o cumprimento das reivindicações feitas pelos moradores de Bento Rodrigues, Paracatu e outras áreas afetadas. No sábado passado (3/9), mais de 500 pessoas participaram do “Encontro dos Atingidos pela Samarco na Bacia do Rio Doce”, no distrito marianense de Paracatu. Já no domingo (4/9), o grupo se reuniu em Bento Rodrigues, localidade devastada pela lama.
Para Letícia Oliveira, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o momento foi importante para questionar a falta de atitude da empresa em relação aos direitos dos atingidos ao longo da Bacia do Rio Doce, “ a exemplo da lentidão no processo de pagamento das indenizações, da compra dos novos terrenos e no reconhecimento de pessoas atingidas”.
Em protesto contra o atraso na reparação aos atingidos, de 31/10 a 2/11, esperam-se cerca de mil pessoas na “Marcha de Regência a Mariana”, que tem apoio da Arquidiocese de Mariana e vários movimentos populares.
Os manifestantes seguirão pelo curso do rio Doce, da cidade de Regência/ES até Mariana/MG, onde, em 5/11, um conjunto de ações pretende relembrar um ano do rompimento e questionar sobre o que foi feito, ou não, desde então.