F.O.S., 19 anos, prestou depoimento na Delegacia/PN – sendo liberada em seguida – sobre a morte de sua filha de 2 anos e 5 meses. A Polícia Militar registrou a ocorrência às 16h30 desse sábado (3/9), no bairro Bom Pastor, e o caso da morte é investigado na Polícia Civil com indícios de maus-tratos.
Equipe do Tático Móvel/PM encontrava-se no Hospital Arnaldo Gavazza atendendo ocorrência de agressão, quando funcionários relataram recebimento de criança com sinais de maus-tratos: ferida nas costas (escara) com odor fétido; lesão no lado direito do abdômen com grande profundidade e cerca de 20cm de diâmetro; e outras lesões na região dorsal e na cabeça.
O pediatra José Luiz Ferreira Mayrink constatou que a criança chegou ao Hospital já em óbito. Segundo o que os militares apuraram, a mãe disse que deu banho e alimentou a menina e, como de costume, enquanto foi arrumar a cozinha, a deixou com seu namorado, F.V.M.D., 29. De repente, este começou a gritar desesperadamente pedindo socorro, e a avó, que estava sentada na sala de televisão, ouvindo os gritos, entrou no quarto e iniciou massagem no peito da criança, por ter notado que ela não respirava. Um vizinho auxiliou para socorro imediato no Hospital.
F.O.S. afirmou aos militares que, devidos aos ferimentos da filha, providenciava todos os cuidados necessários ao seu bem-estar. Ela ainda disse que ela se mexia muito na cama, razão por que sempre a virava de lado, além de levá-la mensalmente para atendimento especial no Hospital Santa Casa/BH. Ainda segundo a mãe, em datas recentes a criança não vinha apresentando nenhuma anormalidade e estava bem até aquela data.
O corpo da criança foi encaminhado ao Necrotério do Hospital de Nossa Senhora das Dores para os trabalhos de médico-legista.
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