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InícioREGIÃOFraudes em CNHs afetam a região de Ponte Nova

Fraudes em CNHs afetam a região de Ponte Nova

A prisão, nessa segunda-feira (29/8), de cinco policiais civis – 4 em Manhuaçu e um na Grande BH – suspeitos de integrar quadrilha de venda de Carteira Nacional de Habilitação/CNH repercutiu na Imprensa estadual. Além dos agentes, outras sete pessoas foram detidas.

A operação, batizada de "Ovelha Negra", aconteceu simultaneamente em 11 cidades mineiras. Pelo menos quatro autoescolas de Manhuaçu foram fechadas, e seus proprietários, conduzidos à Delegacia local.

Condutores destas cidades estão na mira da Polícia Civil/PC: Abre Campo, Luisburgo, Manhuaçu, Matipó, Ponte Nova, Raul Soares, Rio Casca, Santa Margarida, Sericita e Pedra Bonita.

Segundo o que esta FOLHA já informou, a Corregedoria da PC começou a investigação (com apoio da Delegacia Regional de Ponte Nova) interrogando suspeitos de comprar CNHs. Com os nomes de alguns suspeitos, requereram-se mandados de prisão – inclusive no Fórum de Rio Casca -, busca e apreensão.

Cada carteira chegava a custar R$ 7.000, e a suspeita é de que o policial entrava no sistema eletrônico e lançava o nome do candidato como aprovado. No total, conforme nota da PC, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão.

O jornal “O Tempo” ouviu o delegado regional-adjunto de Ponte Nova, Wallace Drey Soares. Segundo este, o deslocamento de candidatos e motoristas entre cidades para realizar exames de legislação chamou a atenção da PC.

– “Pessoas de Abre Campo (Zona da Mata) realizavam exames em Belo Horizonte (a uma distância aproximada de 225km). Começamos a juntar as peças e percebemos que essas pessoas estavam sendo aliciadas”, informou Wallace, considerando que os supostos candidatos geralmente tinham histórico de reprovação em exames de circulação e baliza.

O delegado relatou que os compradores – existe até o caso de um analfabeto – pagavam cerca de R$ 3.500 pela prova de legislação e outros R$ 3.500 pelo exame de rua. No primeiro caso, eles recebiam os testes com os gabaritos, enquanto na parte prática muitos nem compareciam. “Praticamente ninguém chegava a fazer o exame (de rua). O policial lançava no sistema”, explicou o delegado.

A corporação ainda investiga quanto desse valor de R$ 7.000 era direcionado ao policial e ao dono ou funcionário das autoescolas. O valor médio para tirar a CNH é de R$ 1.750,00. Caso o candidato precise repetir só o exame de direção e compre mais cinco aulas de rua, o valor sobe R$ 510,00.

O delegado Wallace garantiu que a diligência de 29/8 foi apenas o princípio da Operação "Ovelha Negra" e proprietários de autoescolas já foram ouvidos pelos delegados encarregados do caso.

A Polícia Civil acredita que existam mais de 200 CNHs obtidas de maneira fraudulenta no esquema descoberto nesse 29/8. Todos esses documentos serão cancelados e recolhidos, conforme o delegado Wallace disse ao jornal “O Tempo”.

Além de perderem as carteiras, quem comprar o direito de dirigir podem responder criminalmente como coautoras de corrupção ativa. Para Soares, um exame cuidadoso do sistema do Detran pode identificar candidatos que pagaram pela CNH em vez de se submeterem aos exames.

O policial acredita, entretanto, que esse número deve ser maior. “Em Manhuaçu, na Zona da Mata, a situação era gritante”, informou Wallace ao jornal da Capital.

 

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