O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis/Ibama multou a mineradora Samarco em R$ 1 milhão, nesse 20/8, por “omitir em documento oficial” a existência de depósito de lama em Barra Longa, cidade afetada pelo rompimento da Barragem de Fundão/Mariana, em nov/2015.
Como esta FOLHA já divulgou, desde fins de 2015, a empresa depositou no Parque de Exposições 35 mil metros cúbicos de rejeitos removidos da área urbana atingida.
Nossa reportagem visitou o local/foto em fins de março para compor reportagem sobre os quatro meses da tragédia. A notícia divulgada em 23/8, no Portal G1, menciona o risco de a lama seca ser afetada pelas próximas chuvas e escoar para o rio do Carmo.
Em nota, a Samarco informou que já foi notificada do auto de infração e esclareceu que o depósito mantido no Parque de Exposições decorreu de uma das soluções encontradas para viabilizar os acessos à cidade e a limpeza de suas ruas.
Além disso, a utilização do Parque teve autorização da Prefeitura Municipal de Barra Longa, com o conhecimento dos órgãos ambientais, relatou a empresa.
Bacia do Rio Doce
Na semana passada, Guto Malta/PT, prefeito de PN, e Israel Quirino/assessor da Prefeitura de Mariana participaram de reunião mensal do Comitê Interfederativo da Bacia do Rio Doce (afetada pela Barragem de Fundão), ao lado de José Adalberto de Rezende, secretário-executivo da Associação dos Municípios e do Consórcio Intermunicipal do Vale do Piranga (Amapi/Cimvalpi).
“Este Comitê aprova as ações a serem implementadas com verba da Fundação Renova. Homologaram-se as priorizações elencadas na reunião de 29/7, em Ponte Nova, entre elas a inclusão de Ponte Nova na relação dos municípios diretamente atingidos, e os administradores da Fundação ficaram de avaliar a inclusão sem alterar o acordo já em andamento”, ressaltou José Adalberto.