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InícioSEGURANÇAMorte de Gabriel: protesto contra prisões em Viçosa

Morte de Gabriel: protesto contra prisões em Viçosa

Familiares e amigos dos sete presos preventivamente pela Polícia Civil/PC – todos do distrito viçosense de São José do Triunfo – protestaram na manhã de sábado passado (23/7), no Centro de Viçosa.

Eles estão presos desde 21/7, numa operação da Polícia Civil decorrente do assassinato a tiro do pontenovense Gabriel Oliveira Maciel, 17 anos, ocorrido em 6/3/2015, quando ele saía de festa de “calourada” realizada em sítio naquele distrito.

Os reclusos são Aridalto Aparecido Lucas, Ernécio Júnior Bhering, Gilberto Carlos da Silva Soares, João Paulo Gonçalves de Paula, Júlio Adão de Campos, Marcus Vinícius Gonçalves de Paula e Paulo Roberto de Oliveira Miranda. Seus advogados mobilizavam-se, nesta semana, para obter em Juízo a revogação das prisões.

Com faixas e cartazes de repúdio às prisões, os manifestantes caminharam desde o Centro viçosense até o distrito. Por orientação de fontes da Segurança Pública, eles desistiram da ideia de estender o protesto às imediações do Presídio local.

Representantes dos familiares criaram grupo no WathsApp e perfil no Facebook dividindo informações e organizando novas ações. Eles rechaçam a versão de que em 21/7 o incêndio em ônibus tenha ocorrido como represália às prisões.

Ao jornal Folha da Mata, manifestantes alegaram que boa parte dos presos nem tem antecedentes criminais. Advogados dos investigados enviaram cartas ao jornal viçosense considerando “desmedidas e arbitrárias” as detenções, que “revelam desrespeito aos direitos e às garantias fundamentais do cidadão e ao princípio da presunção de inocência”.

Mãe de Gabriel

A mãe de Gabriel, Sayonara Oliveira Maciel (na foto com o banner), acompanhou a operação da Polícia Civil, em Viçosa, criticando a morosidade das apurações num inquérito que passou por quatro delegados: Bruno Mazzini, Filipe Fonseca/ambos em Viçosa, José Marcelo Loureiro/em Teixeiras e, em Belo Horizonte, Sérgio Paranhos/chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da PC.

Sayonara ainda criticou a atuação do delegado Filipe e elogiou a dos demais delegados, considerando que “está praticamente resolvido todo o crime”.

Na versão dela, Aridalto seria o assassino (“ele era matador de aluguel e tinha arma com o mesmo calibre da bala que matou meu filho”) e João Paulo era o dono do carro “onde a Polícia encontrou manchas de sangue de Gabriel”.

“Foi tudo premeditado”, diz Sayonara, acusando um traficante de Ponte Nova como o mandante do crime. E, na versão dela, faltaria a Polícia incriminar Júlia Mariano da Motta Floresta, com quem Gabriel saiu de PN para ir à festa.

Interpelação judicial

Em 15/7, o advogado de Júlia, Francisco Rodrigues da Cunha Neto, requereu na Justiça Criminal/Ponte Nova interpelação judicial com pedido de explicações de Sayonara, citada como autora de “várias ameaças pela rede social Facebook nos últimos tempos, por mensagem particular, bem como em publicações de mensagens caluniosas”.

O advogado argumenta que, com o conteúdo das mensagens, a mãe de Gabriel “deseja imputar” a responsabilidade pela morte do seu filho, denegrindo a imagem e a honra de Júlia em “plena rede social”. Portanto é necessário “aferir a real extensão de tais declarações”, pois “configurado está o crime de calúnia, que será submetido à persecução penal”.

Cunha ressaltou, perante esta FOLHA, que Júlia depôs no inquérito, a convite dos delegados, sempre como testemunha. Por outro lado, como ele informa na notificação, “as declarações caluniosas [de Sayonara] tiveram forte repercussão na mídia, tomando grande dimensão entre a população”. Ela “extrapolou os limites da razoabilidade, imputando a prática de crime a terceiros, sem qualquer prova, denegrindo a honra [de Júlia].

 

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