Delegação de representantes do Vale do Piranga participou, em 24/6, em Regência, distrito de Linhares/ES, do II Encontro de Municípios da Calha do Rio Doce. O evento reuniu dirigentes municipais mineiros e capixabas, ampliando o debate sobre o impacto do rompimento (ainda em nov/2015) da Barragem de Fundão/Mariana, à luz de estratégias para desenvolvimento dos programas previstos no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Samarco.
Além de mortes, o acidente provocou avalanche de lama que contaminou o rio Doce em toda a sua extensão, causando prejuízo incalculável – e irreparável – ao meio ambiente. Participaram representantes da Agência Nacional das Águas/ANA, de órgãos ambientais, dos Governos Estaduais de Minas e do Espírito Santo, de Comitês de Bacias Hidrográficas, Ongs, Associações de Moradores, Institutos de Pesquisa e funcionários da Samarco.
Da nossa região, além de Ponte Nova, estavam representados os municípios de Barra Longa, Sem Peixe, Raul Soares, Santa Cruz do Escalvado, Acaiaca, Rio Doce e Mariana. Debateram-se o monitoramento e a contenção dos rejeitos e as prioridades na aplicação – adequada e proporcional – dos recursos a serem disponibilizados pela Samarco nos próximos anos como sanção imposta para amenizar o impacto ambiental nas cidades afetadas.
A partir de sugestão do prefeito de Ponte Nova, Guto Malta/PT, marcou-se, para 29/7, na Câmara pontenovense, plenária com palestras, debates e informações do Comitê Interfederativo (*) para acompanhamento dos Programas de Recuperação da Bacia do Rio Doce. Saneamento urbano, alternativas de captação de água, coleta e tratamento de resíduos sólidos e inclusão socioeconômica das regiões atingidas são as prioridades apontadas.
Segundo o presidente da Câmara/PN, José Mauro Raimundi/PP, “é fundamental que órgãos públicos, lideranças políticas, empresários, pesquisadores e ambientalistas se unam para acompanhar de perto as ações de mitigação e recuperação ambiental do rio Doce,” disse.
(*) – O Comitê Interfederativo foi criado para acompanhar e monitorar as ações de reparação da bacia e das comunidades atingidas pelo estouro da Barragem de Fundão, em Mariana. Conforme acordo assinado em março, as ações estão a cargo de fundação constituída pelas empresas Samarco, Vale e BHP.