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Romaria denuncia ‘o pior crime socioambiental no mundo’

Reunidos em Resplendor, pertencente à Diocese de Governador Valadares, agentes de pastoral e movimentos sociais subscritaram, em 5/6 – Dia Mundial do Meio Ambiente -, ao fim da Primeira Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce, Carta Aberta a propósito dos sete meses do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana.

Constou, no documento, que este foi o pior crime socioambiental no mundo, pois a força e o volume da lama tóxica que desceu da barragem e seguiu o curso do rio Doce, a quinta maior bacia hidrográfica do Brasil, causou a morte de dezenove pessoas, riscou do mapa o distrito de Bento Rodrigues e desalojou inúmeras pessoas ao longo do curso de rios e mais:

– Destruiu estruturas públicas e privadas, áreas agrícolas e pastoris, áreas de preservação permanente e a biodiversidade aquática e terrestre, matando toneladas de peixes, além de assorear cursos d’água e interromper o abastecimento de água de inúmeras populações em mais de 660 quilômetros de rios, até chegar ao litoral do Estado do Espírito Santo, onde pelo menos 70 quilômetros de costa do oceano Atlântico foram poluídos.

“A amplitude desse crime socioambiental é um verdadeiro escândalo, que nos humilha e nos envergonha, diante da voracidade do poder econômico que destrói o meio ambiente e devora a vida humana, expondo a fragilidade das instituições da sociedade civil e da estrutura política de nosso país, a qual se apoia no poderio econômico da megamineração”, continua a Carta.

Os subscritantes denunciam a mineradora Vale e a BHP Billiton, as maiores empresas mundiais de exploração de minério de ferro, proprietárias da Samarco – causadora deste crime -,  pelos danos socioambientais e econômicos, “que, devido à sua gravidade, ainda não podem ser completamente calculados, até porque eles continuam a ocorrer e estima-se que se leve de quinze a vinte anos para recuperação das áreas degradadas”.

O texto é encerrado com citação de recente pronunciamento do papa Francisco:

– “Exigimos uma economia de inspiração cristã, uma economia justa que crie condições para que cada pessoa possa gozar de uma infância sem privações, desenvolver os seus talentos durante a juventude, trabalhar com plenos direitos como adulto e ter acesso a uma digna aposentadoria na velhice. Uma economia na qual o ser humano, em harmonia com a natureza, estruture todo o sistema de produção e distribuição de tal modo que as capacidades e necessidades de cada um encontrem um apoio adequado no ser social. Esta economia não é apenas desejável e necessária, mas também possível. Os povos e os seus movimentos são chamados a clamar, mobilizar-se, exigir – pacífica, mas tenazmente – a adoção urgente de medidas apropriadas.”

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