Termina hoje, 4/6, sábado, em Mariana, o “Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em diálogo com o Papa Francisco”, com o intuito de promover debate entre militantes e representantes religiosos sobre meio ambiente, mineração, trabalho, terra, reforma política, território e moradia. O papa Francisco será ouvido em debate on-line.
A informação é do portal Brasil de Fato, que acrescentou que esta edição brasileira já é a 3ª, tendo os outros dois encontros ocorrido no Vaticano/Itália e na cidade de Santa Cruz de La Sierra/Bolívia (foto divulgada no portal Brasil de Fato), e que o evento objetiva “divulgar as ideias do pontífice e fortalecer a articulação entre as igrejas e as organizações que defendem os direitos da população”. Estão reunidos pelo menos 400 pessoas, dentre representantes de entidades indígenas, de quilombolas, de mulheres, da juventude, do campo e de movimentos sindicais”.
O papa Francisco abordará os assuntos acima citados, bem como levantará questionamentos a respeito dos mesmos. Mesas de conversa também promovem debates sobre o rompimento da Barragem de Fundão, em 5/11/2015. Para o encerramento, organiza-se "ato político contra a impunidade”, em Bento Rodrigues.
João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores sem Terra/MST, participante do evento, falou o seguinte: “É explícita a falência de um modelo de exploração dos recursos naturais que não se preocupa com as pessoas ou com o meio ambiente. Sabemos que a mineração tem forte influência na política e na economia e no evento isso será debatido.” Ele concluiu salientando que este diálogo com o papa “é importante, por ser ele um crítico do capitalismo e da desigualdade e por seu pontificado estar, desde o início, atento aos problemas sociais”.