Prevê-se para esta quinta-feira (5/5), às 17h, na sede da Organização Ambiental Puro Verde, reunião entre membros da Ong, pescadores profissionais de Ponte Nova e o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, vereador Wellington Neim/PMDB.
O debate terá como foco a proibição de pesca no rio Piranga e seus afluentes no território de Ponte Nova – assunto levantado após denúncia dos pescadores de não estarem recebendo, da mineradora Samarco, ressarcimento de um salário mínimo mensal após proibição de pesca nos afluentes do rio Doce, por conta da destruição de sua ictiofauna com o rompimento da Barragem de Fundão, em novembro passado.
Em nota enviada pela Puro Verde, o pescador Marcelo Guimarães (Marcelo Dourado) relatou receber apenas cesta básica "de pouco mais de R$ 40,00". Disse ele: "É um absurdo não estarmos recebendo o benefício. Não entendemos o que está acontecendo, pois somos 5 pescadores profissionais (*) em Ponte Nova, com Registro Geral de Pesca/RGP junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura e apenas um – de Barra Piranga (local do encontro dos rios Piranga e do Carmo) – está recebendo. Temos direito e vamos buscá-lo com apoio da Ong Puro Verde, do Codema e do vereador Neim."
Ricardo Motta/secretário geral da Puro Verde e Neim afirmaram que os pescadores profissionais e amadores precisam apoiar a proibição da pesca no Piranga e a não comercialização de peixes nativos, com o intuito de contribuir para o repovoamento de peixes nos rios Doce e do Carmo, assim “Ponte Nova cumprirá o seu papel de vanguarda na defesa do meio ambiente”.
(*) Os cinco pescadores que possuem RGP em Ponte Nova são: Marcelo Guimarães (Marcelo Dourado), Daniel Tadeu Gutierres Antônio, Fábio Abreu Silva, Alberto Emerenciano Serrano Filho (Catito) e Juliano Guedes.
Na foto de 3/4/2015, os pescadores Marcelo Dourado e Daniel Tadeu exibem dourado pescado no rio Doce, entre a barragem de Candonga e o distrito de Santana do Deserto, na cidade de Rio Doce.