Depois da assembleia salarial na noite de 25/2, quinta-feira, no auditório do Sindicato Rural e com o anúncio de "reajuste zero" por parte da Administração Municipal, os servidores rejeitaram a tentativa de acordo e repudiaram a decisão do Executivo encaminhada via Mesa Permanente de Negociação. A categoria reivindica reposição da inflação de 10,67% mais 10% de ganho real do salário.
Na manhã dessa sexta, o Sindserp divulgou nota de repúdio: "O brasileiro, de um modo em geral, é esquecido. Mas vamos lembrá-lo que, na campanha eleitoral de 2012, o Exmo. Sr. Prefeito Municipal disse num debate que 'nós precisamos cuidar das pessoas, do ser humano'. Se o Prefeito acha que ficou só no discurso para ganhar votos, nós não vamos aceitar isso, jamais!"
O documento continua: "Quem carrega a máquina no lombo, todo santo dia, é o servidor público de carreira. Mas o poder cega as pessoas. Os servidores presentes foram orientados a se engajarem ainda mais na luta pelos seus direitos."
Na visão da Diretoria da entidade sindical, "além do prefeito [Guto Malta/PT] incorrer em improbidade administrativa ao não conceder as perdas decorrentes da inflação e da queda do ganho real, até por ter receitas vinculadas que podem ser gastas em parte com pagamento da folha, são direitos constitucionais dos servidores a mobilização e a greve, respeitando-se os 30% de efetivo para a continuidade do serviço público".
Conforme a nota, a nova Diretoria do Sindicato "veio para fazer história a favor do servidor público, a nossa maior e única razão de ser". Por isso mesmo, repudia-se a proposta de "reajuste zero". “Em ano eleitoral, tais medidas já são um desgaste para quem quer tentar a reeleição", ressalta a nota.
Até o fim da tarde dessa sexta-feira, não houve pronunciamento do prefeito ou de sua assessoria. A esta FOLHA, a secretária/PN de Gestão e Recursos Humanos, Cláudia Lima, disse – na tarde da assembleia – que a Administração ainda não tinha proposta salarial, em função de estudo interno sobre a racionalização do orçamento deste ano.