A quadrilha que cometeu três assaltos em série no centro comercial de Amparo do Serra, na manhã de 22/2, fugiu no Gol OWI-5504 (tomado de assalto na área urbana de Viçosa) e pretendia trocar de veículo, pois a Polícia Civil encontrou, em matagal perto do Alto do Cantagalo, a caminhonete Strada HLC-1425, roubada em 20/2, na região de Palmital/Viçosa.
A informação é do delegado Cléber de Sousa Gomides, que encaminha o inquérito do caso, revelando o seguinte: cessada a ação da Polícia Militar – com prisão de três assaltantes (havendo fuga de dois) e apreensão do Gol (e de armas, dinheiro e outros itens) -, os investigadores Carlos Montanha, João Paulo, Estael Lincoln e Luiz Claudino vistoriaram a mata do Alto do Cantagalo e numa estrada vicinal encontraram a Strada.
"Esta caminhonete estava camuflada na mata: acreditamos que a quadrilha iria fugir neste veículo com o intuito de ludibriar a ação policial", diz o delegado, considerando que no Gol havia chave de veículo da marca Fiat. "A chave foi testada na caminhonete, que funcionou", conta Cléber, que tem outra informação: dos dois foragidos, um – morador em Viçosa – já foi identificado, esperando-se a prisão dele em curto prazo.
Segundo esta FOLHA já informou, a PM prendeu, também na região do Cantagalo, Paulo de Oliveira das Graças Andrade, 23 anos, de Paula Cândido, e os viçosenses Éder Aparecido Fonseca Libânio, 33, e Maycon Túlio de Souza Bebiano, 23. O delegado informou que os três presos confessaram a atuação em Amparo do Serra, mas negaram conhecer os dois que fugiram.
Como se sabe, o quinteto – fortemente armado – chegou ao Centro serrense no Gol e assaltou a Agência dos Correios (levando dinheiro em quantia não revelada e um celular). Ao lado, levaram certa quantia (não calculada) do caixa de mercearia. Depois, o grupo tentou – sem sucesso – invadir uma lotérica (com fachada blindada) e em seguida acabou apossando-se de R$ 443,05 no Supermercado Celeste Azul.
Com o sucesso do cerco policial militar, apreenderam-se além do Gol: capacete (que foi levado da Agência dos Correios, como se apurou depois); sacola contendo pregos soldados entre si (“miguelitos” – usados para furar pneus); 3 espingardas, 2 revólveres e munições; peças de roupa; toucas-ninja; pares de tênis; dois telefones celulares; e R$ 3.342,15 em dinheiro.
“Ao relatar o inquérito, pretendemos indiciar os autores em diversos crimes: três assaltos; roubo de veículos; porte de armas; formação de quadrilha; e outras qualificações ainda em apuração”, disse Cléber.