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InícioSEGURANÇADelegada não foi à ALMG para se defender de denúncias

Delegada não foi à ALMG para se defender de denúncias

Convocada para falar perante a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais/ALMG na manhã de 16/2, a delegada Cleide Fiorillo não compareceu, mantendo a decisão de se ausentar diante de duas convocações recentes.

Cleide está no centro das atenções por conta de ocorrência de 1º/12/2015, quando dois rapazes portando armas de fogo com numeração raspada – detidos pela PM após perseguição  em São Pedro dos Ferros – acabaram liberados na Policia Civil/Rio Casca mediante ordem telefônica da delegada.

A ausência de Cleide foi criticada, aprovando-se nova convocação para as 9h de 22/3. Segundo o presidente da Comissão, deputado Sargento Rodrigues/PDT, “há contra a delegada pelo menos sete denúncias por improbidade administrativa envolvendo-a em outras situações em que ela também teria supostamente deixado de ratificar flagrantes”.

 

Não foram à agenda de 16/2, na ALMG, o corregedor geral da Polícia Civil, Helbert Alexandre do Carmo, e a chefe da Polícia Civil, Andrea Cláudia Vacchiano. A justificativa foi a de que estavam em reunião “com a cúpula da corporação” no mesmo horário, motivo semelhante ao apresentado para ausência anterior, segundo mencionou Sargento Rodrigues.

Com a ausência de Cleide, depôs apenas Karina Conrado de Souza, escrivã da Delegacia riocasquense, a qual também havia faltado às duas sessões anteriores. Segundo ela, de fato Cleide responde pela Delegacia de Jequeri e “cobria férias” do delegado titular de Rio Casca.

Conforme a escrivã, por telefone Cleide confirmou os dados da ocorrência da PM e disse que iria consultar se os envolvidos na ocorrência “já tinham passagem pela Polícia”. Ainda de acordo com Karina, em novo telefonema, a delegada disse que iria ratificar o flagrante de ambos deslocando-se para Rio Casca, mas isso não ocorreu.

Neste ponto do depoimento, a escrivã mencionou orientação de seu advogado e do seu Sindicato para não dar mais informações, uma vez que a Corregedoria da Polícia Civil também investiga o caso.

Sobre o dia seguinte, quando os suspeitos liberados na véspera ter-se-iam envolvido em nova ocorrência, a escrivã disse que não estava na Delegacia no momento e, pelo que soube depois, eles teriam sido novamente liberados. No momento, estariam presentes escrivães "ad hoc", situação em que servidores (geralmente municipais) de outros setores assumem a função em regime de colaboração.

Por sua vez, o deputado Alencar da Silveira Júnior/PDT lembrou que, se não fosse a ajuda de muitas Prefeituras, a falta de estrutura das Polícias seria ainda pior, ao criticar a figura do escrivão "ad hoc". O deputado Cabo Júlio/PMDB endossou o colega e defendeu o fim do "ad hoc" com a reestruturação da Polícia.

Também abordou a falta de estrutura das Polícias o cabo Berlinque Cantelmo, diretor jurídico da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares/MG, para quem o modelo de Polícia vigente é arcaico e desmotivador para o policial.

O vice-presidente da Associação de Servidores do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar/MG, sargento Salvin Ferreira Neto, disse que os desdobramentos  dos fatos ocorridos em São Pedro José dos Ferros “deixaram na região um sentimento de impunidade”.

Para o presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia/MG, Bertone Tristão, esse “sentimento” pode vir a ser diferente com a necessária modernização da Polícia Civil, de forma a descentralizar procedimentos e difundir o uso de tecnologias.

Ao fim da sessão de 16/2, os deputado Sargento Rodrigues, João Leite/PSDB, Cabo Júlio/PDT e Professor Neivaldo (PT) aprovaram requerimento de moção de aplauso pelos serviços prestados pela escrivã Karina.

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