Segundo nota de 28/1 do jornal Estado de Minas, a mineradora Samarco tem até 17/2 para complementar e atualizar o Plano de Restauração Ambiental das áreas atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana. A proposta apresentada pela empresa em 18/1 não atende às expectativas, de acordo com nota técnica divulgada pela Coordenação Geral de Autorização de Uso da Flora e Floresta (CGAUF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em entrevista a uma rede de televisão, o diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama, Paulo José Prudente de Fontes, considerou que o documento não condiz com o tamanho do desastre. “Diria que é um plano quase amador”, afirmou. Conforme a mídia diária informou, a nota destaca 19 pontos no plano da mineradora em que fica demonstrada a falta de propostas concretas.
“No prazo estipulado, a empresa deverá complementar todo o documento com levantamento aprofundado dos impactos, entre os quais, os causados acima da Hidrelétrica de Candonga (na foto, a lama inundando área pré e pós-lago da usina), que no plano de reestruturação da mineradora foram minimizados”, como informa o diário da Capital.
“Pode-se observar que o levantamento dos impactos foi feito de maneira genérica e superficial, sem considerar o imenso volume de informações produzidas e disponíveis até o momento”, assinala a nota.
Na análise dos técnicos do Ibama – noticiada no Estado de Minas -, “a falta de detalhamento das ações propostas impede uma avaliação mais detida sobre a metodologia proposta e a adequabilidade à situação em tela”. Também é questionada a falta de prazos definidos, o que impossibilita qualquer monitoramento das atividades a serem desenvolvidas por parte dos órgãos competentes.