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Epamig ajuda no cultivo de plantas medicinais

O Campo Experimental Vale do Piranga, da Epamig, localizado em Oratórios, possui laboratório de estudos do cultivo de plantas medicinais. Lá, pesquisadores desenvolvem tecnologias para produção de espécies, com ações terapêuticas cientificamente comprovadas, e as repassam aos produtores rurais interessados em aprimorar conhecimentos sobre o manejo desse tipo de planta.

A pesquisa faz parte do projeto "Tecnologias para Produção de Plantas Medicinais Selecionadas pelo SUS de Minas Gerais", iniciado em 2012. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), o estudo inclui cultivo, seleção de genótipos, espaçamento entre as plantas, forma de propagação, época e horário ideais de colheita, irrigação, adubação e condições e tempo de armazenamento, assim como a temperatura de secagem recomendada.

Dentre as espécies estudadas estão: Hortelã-Rasteira (Menta X villosa) – combate a parasitas; Maracujá (Passiflora incarnata, P.edulis e P.alata) e Erva-Cidreira (Melissa officinalis) – ansiolíticos, ou seja, combate à ansiedade; e Alecrim-Pimenta (Lipia sidoides) – ação antimicrobiana.

Também estão na lista: Alho (Alium sativum) – redução da pressão arterial e do colesterol; Tanchagem (Plantago major) – anti-inflamatório orofaríngeo (região da boca e faringe); Calêndula (Calendula officinalis) – anti-inflamatório tópico, usado em forma de pomada; e Alcachofra (Cynara scolymus) – redução do colesterol.

Outras espécies medicinais objeto de estudo são: Espinheira-Santa (Maytenus ilicifolia) – tratamento de úlcera estomacal; Guaco (Mikania laevigata e M. glomerata) – ação broncodilatadora; Hortelã–Pimenta (Menta piperita) – expectorante; e Erva-Baleeira (Cordia verbenacea) – anti-inflamatório tópico.

A proposta da pesquisa, de acordo com a coordenadora do projeto, Maira Fonseca, é desenvolver e aprimorar tecnologias de cultivo, colheita, secagem e armazenamento, visando à produção de plantas medicinais com qualidade em Minas Gerais.

"No nosso Estado, temos a tradição do uso de plantas medicinais, porém não temos a tradição do cultivo. Assim, o objetivo da Epamig é gerar tecnologias adequadas para esta cadeia produtiva, pois a origem da matéria-prima vegetal é de extrema importância para garantia da qualidade e da segurança de uso pela população", enfatiza a pesquisadora.

Maira explica que as informações precisam ser repassadas aos agricultores em maior proporção, porque eles são os potenciais fornecedores para os municípios mineiros que já aderiram ao Programa Componente Verde da Rede Farmácias de Minas Gerais.

A troca de experiência com os produtores rurais é feita nos Dias de Campo na Fazenda Experimental da Epamig, em Oratórios. Cerca de 350 agricultores da região já estiveram lá para participar de palestras e visitas às áreas experimentais de plantio e puderam conhecer de perto as tecnologias de cultivo das plantas medicinais.

Maria Elza de Oliveira é uma das agricultoras que já participaram desses Dias de Campo. Ela conta que, além de aprender o nome correto das espécies, teve lições de plantio e adubação. A agricultora já produzia algumas plantas medicinais no sítio dela, que fica na zona rural de Varginha, no Sul de Minas. Depois dos conhecimentos obtidos na Fazenda Experimental da Epamig, agregou outras espécies e mais tecnologia ao cultivo.

Ao lado de hortaliças, Maria Elza cultiva mais de 18 plantas medicinais, como alecrim, hortelã, erva-cidreira e manjericão. A banca da agricultora nas feiras livres é conhecida pela variedade de espécies medicinais. “Tem muita saída, principalmente hortelã e manjericão”, afirma Maria Elza.

A pesquisa da Epamig também já resultou em Manual de Cultivo de Plantas Medicinais, que deverá ser utilizado por técnicos na realização de treinamento de agricultores. Além disso, segundo Maira Fonseca, foram elaborados dois informes agropecuários sobre as espécies, que podem ser adquiridos neste endereço eletrônico:  http://www.informeagropecuario.com.br/.

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