Falando a esta FOLHA na manhã de 8/12, a dona de casa Aparecida de Souza, moradora da rua João Marinho, no bairro Bom Pastor, reclamou da falta de transporte coletivo, há mais de um mês, naquele bairro, por causa dos danos das chuvas na rua Nair Augusta Pires, na vizinha Vila Oliveira.
“No começo era um buraco formado pela enxurrada nas primeiras chuvas de novembro. O pessoal da Prefeitura veio e rapidamente refez o calçamento, mas bastou nova chuva para o buraco abrir novamente, e desde então o ônibus aqui não passa mais”, contou Aparecida.
Com a chuva da noite de 7/12 (segunda-feira), boa parte da rua João Marinho e a parte alta da rua Nair Augusta Pires ficaram tomadas por pedras, barro e bloquetes soltos pela enxurrada.
“Agora vai complicar tudo. Acredito que só daqui a um mês o transporte volte. Liguei para a São Jorge AutoBus, e disseram que só após a Prefeitura refazer o calçamento o transporte volta ao normal”, acrescenta a moradora.
Aparecida menciona o drama diário de levar/buscar suas duas filhas pequenas na escola – uma na EE Professor Antônio Gonçalves Lanna/Guarapiranga e outra na EM Dr. Otávio Soares/Centro. “Preciso deixar e buscar elas no ponto de ônibus perto da Minas Auto”, salienta a mãe.
O pedreiro José Pereira da Silva, morador da rua Nair Augusta Pires,teve prejuízos com retorno das águas da chuva nos bueiros. “É só chover mais forte que isto acontece, vem o retorno das águas nos ralos e no vaso da minha casa. Em 7/12, a água chegou em meu quarto, cozinha e área de serviço, além do banheiro estar todo sujo”, disse ele.
“Alguma providência tem que ser tomada, e esta água não está tendo para onde fluir, todas as redes do bairro Bom Pastor encontram-se aqui nesta rua, e isto não está sendo escoado da forma que tem que ser feita: está faltando planejamento”, desabafa o pedreiro.
Em 8/12, pessoal da Prefeitura se juntava aos moradores para limpeza das duas ruas. Preveem-se, em curto prazo, recomposição do calçamento e avaliação da rede pluvial para conter a enxurrada.