Indignação! Este foi o sentimento que permeou todo o pronunciamento da cidadã Débora Cristina Fontes na Tribuna Livre da reunião de 14/8 da Câmara. Ela denunciou a contaminação das redes hidráulicas nas casas da rua Amaro Gomes, no bairro de Fátima (leia reportagem na página 3 da edição de 8/5 desta FOLHA).
Antes, o presidente José Mauro/PP leu o ofício do Dmaes sobre a qualidade da água distribuída nas casas da rua Amaro Gomes. Confirma-se que, há alguns meses, foi constatada contaminação pelo esgoto na água distribuída a determinadas residências. As análises foram feitas pela equipe da Estação de Tratamento de Água (ETA), que instruiu os moradores para a necessidade de higienização das caixas d’água.
Leo Moreira/PSB levantou a discussão em plenário durante algumas reuniões e, junto com os demais vereadores, cobra a atuação efetiva do Dmaes, que já realizou a troca das redes de água e esgoto nessa rua.
No início de maio, Débora solicitou ao Dmaes que fizesse análise da água de sua residência: “O funcionário disse que iria coletar água somente no hidrômetro, porque a Autarquia não tem responsabilidade com a caixa d’água e rede hidráulica. Com muito custo ele coletou também a água da caixa.” Débora comentou que recebeu a visita de funcionários da Dmaes, pouco antes de sua participação na Tribuna Livre: “A assessora de Comunicação e a chefe de Administração estiveram agora à tarde na minha porta e disseram que não conheciam o problema. Talvez porque sabiam que eu viria aqui ofereceram para limpar minha caixa d’água com cloro.”
Valéria Alvarenga/PSDB apontou que o melhor caminho para Débora é acionar a Justiça e buscar seus direitos de consumidora. Anísio Filho/PT disse que procurou o diretor do Dmaes, Guilherme Resende, pedindo solução para o problema em definitivo, já que o mesmo afetou a saúde dos moradores. Patrícia Castanheira/PTB parabenizou a iniciativa de Débora.
Para Toni do Badallo/PDT, a resposta do Departamento foi tardia: “A Autarquia deveria assumir os prejuízos causados aos moradores”, assinalou ele. Wellington Neim/PMDB disse que, apesar de admirar o trabalho do diretor da Autarquia, critica o desrespeito e a irresponsabilidade com os moradores.
Conforme Marília Rôlla/PSB, o Dmaes precisa rever a situação das redes hidráulicas que possivelmente foram contaminadas. Leo Moreira mostrou-se preocupado com a “falta de esperança” dos moradores de acompanharem Débora até o plenário.
Assim como Neim, Leo citou o Programa de Perdas do Dmaes e os problemas de saúde que surgiram nas pessoas e cobrou fornecimento de hipoclorito de sódio pela Autarquia. “Se o diretor não estiver dando conta, não é vergonha pedir para sair. O Dmaes recebeu recentemente um prêmio que cai por terra com este incidente que aconteceu na rua Amaro Gomes”, ressaltou Moreira.
Antônio Carlos Pracatá/PSD e Joãozinho Carteiro/PT também comunicaram ao prefeito Guto Malta (PT) sobre a qualidade da água na rua Amaro Gomes e reforçaram que o pedido da moradora deveria ter sido atendido de imediato. José Mauro ressaltou a gravidade do problema na rua Amaro Gomes e reiterou a necessidade de fiscalização rígida do Dmaes no acompanhamento das suas obras.
No ofício enviado à Câmara, o Dmaes comunica que está revisando as contas dos consumidores que tiveram a água contaminada por esgoto.
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