Mais uma rodovia mineira foi fechada parcialmente, nessa segunda-feira (23/2), por caminhoneiros em greve. Naquela noite, o trecho do km 50 da BR-262, em Realeza, próximo ao trevo com a BR-116, também foi fechado. Eles coíbem a passagem de outros caminhões, liberando apenas os demais veículos.
No total, já eram, até a manhã de 24/2, dez trechos interditados pelos manifestantes, que interromperam a BR-040, na noite anterior, dificultando o tráfego de caminhões de e para Ponte Nova.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), carretas e caminhões estão sendo parados nos acostamentos das rodovias. O protesto em Minas Gerais começou nesse domingo (22/2) devido ao valor elevado do diesel, ao baixo valor do frete e à longa jornada de trabalho imposta à categoria.
Em todos os trechos afetados pelo protesto, as carretas e os caminhões estão sendo impedidos de passar. Carros de passeio, motocicletas, ambulâncias e demais veículos circulam nas rodovias. Mesmo assim, de acordo com a PRF, as intervenções causaram congestionamento de quilômetros nestas regiões.
Os caminhoneiros apresentam três reivindicações. A primeira é em relação ao valor do diesel. “O combustível não pode comprometer mais do que 40% do nosso orçamento. E ele tem comprometido cerca de 70%”, disse o caminhoneiro Carlos Henrique Anselmo, um dos participantes do movimento.
A terceira reivindicação se refere à Lei Federal no 12.619, de 2012, que estipula normas trabalhistas para caminhoneiros. Uma delas determina que eles circulem apenas oito horas por dia.