Por não atender todos os requisitos específicos exigidos, a maioria dos projetos voltados para revitalização e preservação das águas que buscam suporte financeiro do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro) não consegue formalizar convênio. É o que informou a coordenadora do Fundo, Maria de Lourdes Nascimento, em audiência pública realizada em 13/11 (quinta-feira) pela Comissão Extraordinária das Águas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Participando da audiência, a presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento, Tânia Maria Duarte, revelou que projeto do Plano Municipal de Saneamento Básico de Raul Soares foi aprovado pelo Fhidro em 2008 e até hoje aguarda os recursos.
Segundo Maria de Lourdes, ainda há muita dificuldade de se conciliar a metodologia com a execução físico-financeira dos projetos, o que causa grande índice de reprovação. Como exemplo, ela informou que apenas três dos 32 projetos que solicitaram financiamento do Fhidro, baseados no edital de 2013, foram aprovados, o que representa apenas R$ 744 mil do orçamento de R$ 20 milhões disponíveis para essa atividade.
Representantes dos Comitês de Bacias ressaltaram a dificuldade encontrada na aprovação dos projetos e fizeram coro com as medidas sugeridas para maior aproveitamento dos recursos, com base na experiência de cada comitê. Eles também cobraram a liberação dos financiamentos de projetos já aprovados.