
– Notificaram-se 256 casos em gestantes entre 2018 e 2022. No mesmo período, houve 84 casos de sífilis congênita (da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto) e 851 casos de sífilis adquirida (transmitida por transfusão de sangue ou de uma pessoa para a outra durante sexo anal, vaginal ou oral sem preservativo).
Consolidado pela referência técnica em Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), Priscila Câmara de Moura, o informativo enfatiza que, no caso da sífilis adquirida, destacam-se os totais de Viçosa (549), Ponte Nova (151), Oratórios (29) e Raul Soares (15).
“A taxa de transmissão para o bebê pode chegar a 80%, podendo provocar prematuridade, manifestações congênitas precoces ou tardias, abortamento e até mesmo a morte do recém-nascido”, alerta Priscila, ressaltando que a Organização Mundial da Saúde/OMS definiu como meta a eliminação da sífilis congênita até 2030.
Quanto ao momento de diagnóstico materno, observa-se que a maioria dos casos foi diagnosticada no pré-natal. Aproximadamente 15% dos casos, porém, foram diagnosticados no momento do parto/curetagem e 8% após o parto. É importante salientar que, quanto mais cedo a gestante for diagnosticada e tratada, maiores são as chances de desfechos favoráveis para as crianças.
Informa Priscila: “Apesar do baixo custo da terapêutica da sífilis, o tratamento das gestantes continua como um desafio a ser vencido, apontando para falhas do pré-natal que precisam ser revistas e superadas, visto que as taxas de transmissão intrauterina no Brasil são de até 80%.”