Ao atender denúncia de incêndio que destruiu moradia em bairro de Piedade de Ponte Nova, a Polícia Militar apurou, na noite 22/11, caso de violência doméstica com indicativo de tentativa de homicídio contra a moradora, L.P.S.M., 25 anos. Houve a prisão de seu companheiro, I.L.F.M.S., 31.
Conforme o relato militar, vizinhos debelaram as chamas – extintas pelo Corpo de Bombeiros -, enquanto ali perto M.R.S., 47, mãe da vítima, acolheu-a e à neta de 2 anos, sem que ambas se ferissem. A Perícia da Polícia Civil interditou o imóvel por risco de desabamento do teto.
À Polícia Militar, L.P.S.M. disse que tinha seguidos problemas com I.L.F.M.S. e o acusou de uso de drogas e de ameaças de matá-la em caso de separação. O atrito imediato do casal se deu pelo fato de ele efetuar despesas pessoais com o cartão de crédito dela sem o devido ressarcimento.
Na data acima, a mulher recebeu, ao longo do dia, no seu local de trabalho, mensagens do companheiro culpando-a dos embates domésticos. Ele ainda enviou fotos dos cômodos da moradia para reforçar ameaças de incêndio. Chegando em casa às 18h20, a mulher disse que iria para a casa de sua mãe.
Enquanto L.P.S.M. embalava as próprias roupas e as da filha, I.L.F.M.S. proferiu ameaças, jogou álcool na cama do casal e ateou fogo, que logo se alastrou por todo o imóvel. Mãe e filha correram então e ficaram na casa de M.R.S., enquanto um primo ligou para a PM (fone 190).
Os militares saíram à procura do suspeito e o detiveram perto da quadra do bairro Agreste. Ele admitiu que, estando "de cabeça quente", provocou o incêndio, mas negou a intenção de matá-la. Por fim, I.L.F.M.S. foi levado para a Polícia Civil, onde ocorreu sua autuação.
A Justiça converteu o flagrante em prisão preventiva. Às 13h desta sexta (24/11) transcorreu a audiência de custódia. O advogado Bruno Menezes atua pela liberdade do cidadão.