A sargento/PM Roseli Coelho Alves ministrou palestras sobre “Violência doméstica” e “Prevenção do Uso de Drogas” durante encontro de famílias rurais promovido pelo Senar e o Sindicato dos Produtores Rurais de Ponte Nova na comunidade Santana/Guaraciaba.
Aproximadamente duzentas pessoas prestigiaram o evento. Sobre o tema “Violência Doméstica” as mulheres foram motivadas a denunciar qualquer tipo de violência, principalmente a violência física, que ocorre quando o agressor bate na mulher deixando marcas, hematomas, cortes, arranhões, manchas, fraturas, ou ainda a impede de sair de casa, além das outras formas de violência: psicológica, patrimonial, moral e sexual. A violência geralmente passa por três ciclos: tensão, explosão e lua de mel.
Segundo Roseli, “a tensão ocorre durante os desentendimentos conjugais, como atrito verbal, crise de ciúmes e destruição de objetos; a explosão costuma ser mais rápida, pois é o momento em que acontecem as agressões físicas e verbais mais intensas; e a lua de mel vem logo após violentar a mulher e demonstrar-se arrependido e apaixonado, levando a mulher a acreditar que nunca mais agirá de forma violenta”.
“A violência contra a mulher, além de ser uma questão política, cultural, policial e jurídica, é também, e principalmente, um caso de saúde pública. Muitas mulheres adoecem a partir de situações de violência em casa. Muitas das mulheres que recorrem aos serviços de saúde, com reclamações de enxaquecas, gastrites, dores difusas e outros problemas, vivem situações de violência dentro de suas próprias casas”, assinalou Roseli.
De acordo com a militar, a ligação entre a violência contra a mulher e a sua saúde tem-se tornado cada vez mais evidente, embora a maioria das mulheres não relate que viveu ou vive em situação de violência doméstica. As mulheres que sofrem de violência doméstica devem encorajar-se e procurar a Polícia Militar, em se tratando de flagrante, ou a Delegacia de Polícia Civil, Defensoria Pública ou Juizados Especiais.
Roseli ressaltou a importância de laços fortes familiares e a necessidade de impor limites para as crianças para uma formação psicológica saudável. “O melhor jeito de dizer não às drogas é entender que ninguém precisa ser igual ao amigo ou repetir padrões de comportamento para ser aceito no grupo. É por isso que a prevenção em casa é a melhor forma de prevenção”, concluiu ela.