A falta de vagas para menores infratores é problema em Minas Gerais. Enquanto o número de apreensões de adolescentes cresce, o Estado não consegue construir os centros de internação na mesma velocidade. O problema preocupa o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz.
Além do custo da construção e manutenção das unidades, o governo estadual tem que arcar com a despesas dos infratores. E a conta, paga pelo contribuinte, é pesada. A manutenção de cada interno custa R$ 5 mil por mês para os cofres públicos, conforme revelou, nessa quarta-feira, o deputado estadual João Leite, integrante da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.
O mais barato é a construção ( dos centros), apesar de ser muito cara também. A manutenção de cada adolescente desses chega perto de R$ 5 mil, por conta de toda essa estrutura que precisa ser montada, revela João Leite em entrevista à Rádio Itatiaia/BH. Ainda conforme o parlamentar, a manutenção de um menor infrator é quase o dobro gasto com um detento adulto, cerca de R$ 3 mil. O custo do adolescente é muito mais alto e, lamentavelmente, com uma baixa recuperação, completa.
Enquanto cada menor infrator custa R$ 5 mil por mês aos cofres públicos, o estado investe cerca de R$ 2.800 por aluno da rede estadual. Um trabalhador assalariado, por exemplo, levaria quase sete meses para conseguir juntar o valor mensal gasto pelo estado com cada menor.
Uma solução já estudada pelo Governo de Minas para a questão dos adolescentes infratores é construir os centros de internação em terrenos de exploração mineral e de pedreiras.