A História da Literatura em Ponte Nova é o nome do livro projetado pela Academia de Letras, Ciências e Artes de PN/Alepon, lançado a partir das 9h de 22/3, na Biblioteca Luiz de Bessa, na praça da Liberdade/BH.
O livro, com patrocínio do Fundo Estadual de Cultura, teve como principais pesquisadores Luciano Sheikk, Miracy Real e Marisa Godoy. A obra aborda a produção literária do importante e histórico município mineiro, Ponte Nova, que surgiu ainda no ciclo do ouro, nas proximidades de Vila Rica e Mariana.
Desde a primeira carta de sesmaria, no ano de 1745, até os livros publicados por autores pontenovenses em 2013, o livro traz ainda movimentos e escritores de expressão histórica e literária nacional, que escreveram em jornais e revistas de Ponte Nova ou cidades onde residiram ou nasceram. Dentre tantos, figuram: Milton Campos (governador de Minas Gerais e ministro de Estado), Zuenir Ventura (escritor e jornalista), Francisco Fernandes (dicionarista), Caio de Freitas Castro (editor da extinta Revista Manchete), Mário Bhering (diretor da Biblioteca Nacional), Ivo Barroso (tradutor e escritor), padre Pedro Maciel Vidigal (escritor e deputado federal), João Bosco (cantor) e Nelson Ângelo (músico, compositor e fundador do Clube da Esquina), além de talentosos autores que não ultrapassaram maiores fronteiras municipais ou estaduais por mero acaso e esquecimento, tão cruéis em relação a seus valores.
Cantorias das colheitas de café, documentos históricos da primeira edição do Dicionário de Verbos e Regimes, poeta que se suicida por paixão em 1913 (psicografado por Chico Xavier), poemas em recortes de jornais desde 1896, Suplemento Literário com reconhecimento nas capitais mineira e brasileira e outras preciosidades recheiam as 343 páginas do livro, cuja capa foi elaborada pelo artista plástico Ademar Figueiredo.
Acredito que no interior do Brasil dificilmente encontraremos história literária tão rica, afirma Luciano Sheikk, que emenda: Ponte Nova certamente produziu tesouros literários que precisam ser resgatados e redescobertos para todo o país e para os apreciadores da literatura em geral. Durante o evento, ele concedeu longa entrevista à Rádio CBN.
Para a presidente da Alepon, Wilma Quintiliano, a obra representa fortalecimento da identidade cultural da cidade, provocando grande difusão literária, além de inspirar e influenciar as gerações vindouras, bem como abrir novos caminhos para estudos e publicações, mantendo, assim, sempre viva a cultura regional de nosso Estado.
Esta obra é a maior expressão cultural recente de nossa cidade. Estamos resgatando a nossa memória e a autoestima do nosso povo, que é a nossa maior riqueza, disse Guto Malta/PT, prefeito de PN. A superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, Catiara Oliveira Melo Afonso, representou a secretária/MG de Cultura. Compareceu caravana belorizontina de pontenovenses e seus amigos.