O painel, conduzido pela deputada Liza Prado (PSB), fechou em 14/6, na Assembleia Legislativa de MG, o segundo e último dia do ciclo de debates Mobilidade Urbana – Construindo Cidades Inteligentes, promovido pela ALMG. O ciclo é a etapa inicial de uma série de eventos que compõem fórum técnico sobre o tema. Destaque para o painel Mobilidade Urbana e Cidades Inteligentes e Sustentáveis: Educação, Acessibilidade, Meio Ambiente e Novas Tecnologias.
Todo cidadão pode participar da consulta pública sobre mobilidade urbana. A consulta, pela internet, vai até 30/6. Até a tarde dessa sexta-feira (14/6), já foram contabilizadas 126 contribuições. Confira as próximas etapas do fórum técnico Mobilidade Urbana – Construindo Cidades Inteligentes:
Secretário-executivo do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas e integrante do Movimento Nossa BH, Milton Nogueira da Silva (foto) atua junto à Organização das Nações Unidas (ONU) como consultor nas áreas de Desenvolvimento e Meio Ambiente. Para ele, smart city é aquela em que as pessoas usam a tecnologia da informação para facilitar o acesso à saúde, cultura, educação e mobilidade.
Belo Horizonte pode ser uma smart city? Tem tecnologia de informação, as empresas daqui produzem software em aplicativos para o mundo. Deve-se levar em conta não só a estrutura, mas o uso da informação, para que, antes de sair de casa, o cidadão saiba o que está funcionando, disse ele.
Uma pessoa pode ser educada sobre o melhor local para atravessar uma rua ou como se comportar no transporte coletivo. Mas, se você a educa e não oferece condições de acesso para ela, não adianta nada. Ao agirmos assim, tiramos dessa pessoa alguns direitos, como a condição de cidadão, a inclusão social e o acesso a outras áreas da cidade. Esta é a opinião da gerente de Educação para o Trânsito do DER-MG e membro titular da Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania do Conselho Nacional de Trânsito, Rosely Fantoni.
Desse modo, diz a especialista do DER-MG, a educação para o trânsito fica num pé só, tentando equilibrar-se. A educação tem de estar atrelada às condições para que as pessoas tenham acesso a seus direitos, como o acesso com segurança. Para Fantoni, é preciso avaliar outras formas de transporte que trafegam nas cidades, como cavalo, carroça, catadores que carregam material reciclável. Segundo ela, todos eles precisam estar integrados a um trabalho de educação que defina onde podem ou não circular, qual procedimento é mais seguro, entre outros aspectos. Fantoni ainda lembrou que todos os especialistas sabem que a moto é para uma pessoa apenas, mas a revenda não fala disso.
Cidade inteligente pressupõe que tenhamos políticas inteligentes para utilizá-las. A inteligência vai fazer nossa vida melhor, mais solidária, com segurança, conforto e perspectiva futura, defendeu a coordenadora técnica da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) e presidente da Comissão Técnica de Sistemas Inteligentes de Transporte, Valeska Peres Pinto.