Nesse 6/2, fortes chuvas na madrugada provocaram grande estrago nas dependências da Fundação Menino de Jesus/FMJ, arrastando lama que soterrou dois tanques, matando grande quantidade de peixes que seriam utilizados na alimentação das crianças assistidas pela instituição. O lamaçal desertificou grande área que vinha sendo preparada para o cultivo de milho e feijão, alimentação do cardápio da instituição, disse Rogério Elísio da Silva, presidente do Conselho Fiscal da Fundação.
Nessa área, houve intervenção para recuperação da erosão, numa obra que custou R$ 300.000,00, sem qualquer solução prática. Daqui para a frente, os moradores da parte baixa da Vila Alvarenga terão problemas, pois a lama vai correr diretamente para a canalização, que – entupida – provocará inundações no local, alertou Ricardo Motta, que é membro do Conselho Curador da FMJ.
Já são passados 10 anos desde a primeira denúncia protocolada pela Fundação Menino Jesus/FMJ no Ministério Público, com laudo técnico e relatório fotográfico elaborados pelo Conselho Municipal de Conservação e Defesa do Meio Ambiente/Codema e a Ong Puro Verde. Com o acidente, nova denúncia foi protocolada nesta semana.
Trata-se de erosão provocada pela destruição da canalização que absorve água daquela área. Houve rompimento do duto de canalização que passava por dentro da mata do antigo Patronato. Os responsáveis pela implantação da obra (DER e Prefeitura de Ponte Nova) não possuem licença para tal obra, o que caracteriza invasão de propriedade, diz nota de 18/2 da Puro Verde.
Em 2010, o Governo do Estado patrocinou obra de recuperação da enorme erosão. Mal executada, a obra não resistiu às chuvas, que provocaram nova erosão, ainda mais perigosa, pois pode afetar a pista do Aeroporto. O pior: toda a terra está sendo levada para o interior das terras da Fundação Menino Jesus, afetando consideravelmente o local, conclui a nota.