Pelo menos três pessoas morreram por mês, no ano passado, em acidentes junto à rede elétrica em Minas. Ao todo, 182 se feriram após contato com cabos de alta tensão. Dessas, 38 não resistiram aos ferimentos.
Acidente durante a execução de serviços rurais em puxadinhos e instalação de gatos fizeram aumentar as ocorrências. Em contrapartida, os registros de problemas ligados à construção civil caíram em relação a 2010: nesse ano, foram 45, enquanto em 2011 aconteceram 39.
A informação é da Cemig, que em 13/8 lançou a etapa/MG da Semana Nacional de Segurança da População com Energia Elétrica. A programação acontece simultaneamente com a Campanha Externa de Prevenção de Acidentes com a População (Cepap) e envolve o pessoal da Cemig que atua na região de Ponte Nova.
Nos próximos dias, serão realizadas palestras em escolas, canteiros de obras e entidades agrícolas, além de blitze em locais com grande aglomeração de pessoas. Também haverá distribuição de cartilhas. A expectativa é mobilizar 30 mil pessoas sobre o perigo de soltar pipa junto à fiação ou se aproximar de cabos partidos, por exemplo.
Para o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), Edgar Gomes Júnior, os números da Cemig não são fiéis à realidade, tendo em vista que muitos casos não são notificados.
Há muitas situações que não resultam em mortes. A pessoa dá entrada no hospital com ferimentos, mas não informa que a origem daquele acidente foi a rede elétrica, explicou. Ainda na visão do sindicalista, é quase impossível mensurar a quantidade de acidentes provocados por instalações elétricas clandestinas, conhecidas como gatos, já que a subnotificação é ainda maior, porque a ligação é ilícita.
Neste ano, foram notificados somente dois acidentes, um deles fatal. Em todo o ano passado, foram três notificações e uma morte.