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Caso de raiva humana leva produtor rural á morte em Rio Casca

No dia 19/6 a Diretoria/MG de Vigilância Ambiental da Superintendência de Vigilância Epidemiológica foi notificada pela Superintendência Regional de Saúde de Ponte Nova da suspeita de um caso de raiva humana no produtor rural J.M.S., 32 anos, morador em localidade rural de Rio Casca, morto em 28/6.

Conforme relato da Secretaria de Saúde/MG J.M.S. sentiu os sintomas da doença em 10/6, 49 dias depois de ser mordido por morcego. “O paciente não procurou atendimento na ocasião, o fazendo somente quando do aparecimento dos sintomas e em decorrência de um corte na mão, que levantou a suspeita inicial de tétano”, relata a nota.

Com o agravamento dos sintomas, o paciente procurou novo atendimento no Hospital Arnaldo Gavazza, em Ponte Nova e, só então, sua esposa relatou a agressão por morcego. Com isso houve, em 19/6, a notificação da suspeita de raiva humana.

Nesse mesmo dia o paciente foi transferido para o Hospital Eduardo de Menezes/BH e amostras do liquor (líquido cerebrospinhal) e da saliva do paciente foram encaminhadas ao Instituto Pasteur/SP. Em 22/6 resultados dos exames deram positivo para raiva, considerando a “variante compatível com o vírus transmitido por morcego hematófago.

O produtor rural passou por tratamento na unidade de terapia intensiva, mas não resistiu aos sintomas e morreu na noite de 28/6. Todavia, segundo a nota da autoridade estadual de Saúde, a partir da notificação, em 19/6, a SRS/Ponte Nova iniciou a investigação no município de Rio Casca, com visita ao local de exposição para levantamento de informações, busca ativa de contatos e repasse de orientações específicas aos profissionais de saúde.

Realizou-se bloqueio de foco com vacinação casa a casa de cães e gatos num raio de 12Km. Também foi realizada a sorovacinação dos contatos íntimos e programação para a intensificação de capacitações dos profissionais de saúde sobre a indicação adequada dos esquemas de profilaxia e vigilância da doença. Definiu-se também a antecipação da campanha de vacinação animal no município e são desenvolvidas ações educativas e de mobilização social.

Noutra frente de trabalho, acionou-se a Secretaria de Agricultura/MG, cujos técnicos locais e microrregionais atuam na identificação, manejo e controle de abrigos de morcegos hematófagos, além da orientação dos produtores rurais do entorno de Rio Casca. Desde 27/9 e até ontem, 29/6, técnicos de Vigilância Epidemiológica encontraramm-se no município, empreendendo ações de mobilização social e educação em saúde, além de esclarecimento dos profissionais de saúde. Também realizaram-se reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde, IMA e com produtores rurais.

“A ocorrência de casos isolados de raiva humana, como o registrado no município de Rio Casca, mostra que ainda há o risco do aparecimento de novos casos no estado de Minas Gerais e que somente através das ações desenvolvidas em conjunto pelo poder público e pela população será possível a proteção efetiva da saúde, no que se refere a essa relevante e grave doença”. Acrescenta a nota.

Segundo informe estadual é bom saber que:

•A raiva é uma zoonose viral transmitida por mamíferos, com taxa de letalidade próxima a 100% e de alto custo na assistência às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Em Minas Gerais, casos isolados da doença em humanos têm ocorrido de forma ocasional. Os dois últimos casos foram registrados no ano de 2005, no município de Grão Mogol, transmitido por morcego e, no ano de 2006, no município de Prados, transmitido por herbívoro.

•Entre as principais medidas que tem mantido a baixa incidência da raiva humana no estado de Minas Gerais, está a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal, que tem controlado a doença transmitida por cães e gatos, através da aplicação anual de vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde. Para o ano de 2012 está prevista a vacinação de 2.343.716 animais em MG.

•No entanto, considerando que a raiva pode ser transmitada por outros mamíferos, como morcegos e herbívoros, é fundamental a intensa vigilância, controle e profilaxia desencadeadas por instituições dos governos municipal, estadual e federal. No âmbito da saúde, as atividades são desenvolvidas através do Programa de Profilaxia e Controle da Raiva.

•Somado a isso, a participação da população é fundamental, através da adesão às campanhas de vacinação antirrábica animal e à procura de atendimento médico em caso de acidente/agressão. O tratamento profilático está disponível nas unidades de saúde de todo o Estado, e é realizado após a avaliação médica, sendo o esquema preconizado de acordo com a gravidade da agressão.

•No período de 2007 a 2011, foram realizados cerca de 280.646 mil tratamentos em todo estado de Minas Gerais, o que colaborou na ausência de registro de casos de raiva humana durante todo esse período.

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