― Publicidade ―

Lula recebe pedidos de atingidos de Rio Doce, Santa Cruz e Chopotó/PN

O presidente da República recebeu documento com denúncia de violações dos direitos das comunidades tradicionais afetadas pela lama de Fundão.
InícioPOLÍTICAJuíza determina perícia na obra do Matadouro Municipal

Juíza determina perícia na obra do Matadouro Municipal

 Publicação da Prefeitura de Ponte Nova em suas redes sociais e na edição de 1º/11 desta FOLHA cita o Matadouro como uma das "conquistas históricas" da gestão do prefeito Wagner Mol/PSB. O informe no Instagram municipal ressalta: "A obra estava parada há anos e hoje está à disposição dos comerciantes de carne." (veja nas fotos)

A publicação coincidiu com despacho de 1º/11 da juíza Narlla Carolina Moura Braga Coutinho, da 1ª Vara Cível da Comarca de Ponte Nova, publicado em 4/11 no Diário Eletrônico do Judiciário. Analisando embargos à execução opostos pelo Município contra exigência imposta em pedido do Ministério Público, Narlla determinou perícia na obra.

A decisão refere-se a pendência judicial iniciada ainda em 2008. O MP relacionou "obrigações de fazer" na construção municipal, bem como na operacionalização do Matadouro via Associação dos Comerciantes de Carne de Ponte Nova/ACCPN, presidida por Beatriz Trindade Cheloni.

Sabe-se que o funcionamento da citada instalação industrial destinada ao abate de bovinos e suínos depende do cumprimento de cláusulas estipuladas em acordo judicial. O caso voltou à cena porque o MP requereu a intimação da ACCPN para confirmar se as irregularidades no Matadouro Municipal foram resolvidas e, caso positivo, analisar e assinar Termo de Cessão de Uso.

Em 2023, no entanto, a Direção da Associação alegou em Juízo, via advogado Leôncio Barbosa, que persistem as irregularidades que impedem a utilização adequada do Matadouro. Apontou deficiências estruturais e sanitárias e descumprimento do acordo e requereu adoção de medidas corretivas e de fiscalização para adequação da obra.

Já a Prefeitura sustentou – através dos advogados Guilherme Otto Brito Koehne e Rosana dos Santos Justino – que as alegações da ACCPN seriam infundadas e, para acabar com a polêmica, requereu perícia "para apurar as condições fáticas". Indicou ainda a designação de audiência de conciliação, visando definir os parâmetros necessários para cessão do Matadouro à entidade dos açougueiros.

O Ministério Público manifestou-se favoravelmente à perícia, a qual permitirá esclarecer se as obras e adequações realizadas pelo Município atendem integralmente às normas exigidas no acordo firmado entre as partes. A juíza Narlla autorizou, assim, a nomeação – no prazo de 15 dias – de perito especializado em engenharia ambiental.

error: Conteúdo Protegido