Em decorrência da intensa repercussão da lei da Câmara que instituiu em 16/1 estruturas de gabinete, assessor e cota parlamentar de R$ 1,5 mil para despesas de cada vereador, Wagner Gomides/PV divulgou nesse domingo (19/1) nota de esclarecimento com esta abertura:
“Sei que pareceu absurdo criar o cargo de assessor em Ponte Nova, porque até vivenciar a rotina de um vereador achava que as demandas seriam numa proporção apta ao atendimento ágil ou, pelo menos, suficiente. No entanto, ao longo desses 4 anos de trabalho, vi que somos demandados a todo momento, incluindo os finais de semana, e por mais que queiramos não conseguimos atender todo mundo na velocidade com que é preciso e eu gostaria.”
Votei contra a a cota parlamentar
Wagner continua: “Saliento que nunca pensei no assessor como alguém que dividiria o trabalho comigo, mas, sim, como alguém que ampliaria a minha capacidade de atendimento e solução das demandas apresentadas pela população. Gostaria de salientar que votei contra a a cota parlamentar por entender que neste momento ela é desnecessária.”
Quanto ao assessor parlamentar, Gomides decidiu: “Por ora, não vou nomear, ouvindo e lendo todas as manifestações sobre o projeto. Se é o que povo quer, represento a vontade dele e esta será a minha decisão neste momento! Assim, nunca foi sobre trabalhar menos, até porque trabalhar nunca foi um problema pra mim. Mostrei isso no mandato passado.”
Ao concluir, um desabafo do vereador: “Entendo as opiniões contrárias, mas não a facilidade com que algumas pessoas nos colocam como bandidos, vagabundos ou coisas do tipo, ainda mais depois de terem visto o trabalho sério que realizei no último mandato. Se que por vezes a política parece ser um lugar de obscuridão, mas há também pessoas honestas e que querem de fato cuidar da cidade e de quem nela vive.”
Wagner Gomides e Guilherme Belmiro/PT expressaram sua discordância com o projeto
Na discussão sobre a cota parlamentar, Wagner Gomides e Guilherme Belmiro/PT expressaram sua discordância com o projeto. Na votação, os dois se posicionaram contra, assim como Rubinho Tavares/PP, Gustavo de Fizica/MDB, Thaffarel do Povo/PSB e Careca Totinho/Avante. Houve empate em 6 x 6 e, no “voto de minerva”, o presidente Wellington Neim/PP votou pela aprovação.
Saiba mais sobre o assunto
A ideia de assessores é algo comum em outras cidades, a exemplo de Belo Horizonte/18 colaboradores por gabinete de vereador, Uberlândia/15, Ipatinga e Ouro Preto/4 cada em ambas.
Em Ponte Nova, no entanto, a ideia é inédita. Esta FOLHA pesquisou o tema e apurou que em 2000 o então presidente da Câmara, Cacau Maciel/MDB, editou projeto instituindo “verba de gabinete” para cada vereador. Houve repercussão negativa na opinião pública e o projeto saiu de pauta, sendo arquivado.
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