Nesta sexta-feira (21/7), segue internado, no Hospital Arnaldo Gavazza/HAG, Helenilson Aparecido do Nascimento, 32 anos, baleado por Rogério Venâncio do Carmo (Dé), 35, preso em flagrante na tarde de quinta-feira (20/7), na rua Joaquim Roberto, no bairro Paulo Giardini, em Urucânia.
Policiais militares de Urucânia e Jequeri atenderam a ocorrência de imediato e o caso tem este histórico:
– A vítima disse que foi comprar cimento para obra em sua casa naquele bairro e, ao retornar, soube que Dé o procurou, estando "muito exaltado".
– Com isso, Helenilson foi de carro (GM Cruze placa HNP5D53) à casa de Dé a alguns quarteirões dali e, encontrando-o na calçada, ouviu xingamentos. Sem sair do carro, envolveu-se em rápida discussão.
– Ao ser ameaçado de morte, Helenilson acelerou o carro para ir embora, mas ouviu estampidos (seriam três). Sentindo um ferimento à bala nas costas, dirigiu o carro até a Policlínica, de onde, após os primeiros socorros, foi levado de ambulância para o HAG.
Prisão do suspeito
A PM verificou que o tiro quebrou o vidro traseiro do carro. Uma testemunha disse que Dé chegou em casa – no mesmo bairro – dizendo: "Fiz uma besteira." Pouco depois, quando os militares chegaram, ele se entregou sem oferecer resistência, jogando no chão revólver calibre 38 com seis munições e numeração raspada. Os militares repassaram o caso à Polícia Civil com indicativo de que o flagrante do crime teve registro no sistema de monitoramento por câmeras instalado na casa do atirador.
Segundo a PM, o acusado da autoria do disparo não quis falar, durante a confecção do boletim de ocorrência, sobre os motivos do atentado e, já na sede militar, ainda em Urucânia, teria intimidado uma testemunha orientando-a a "não falar nada, pois pode me f…"
A Perícia da Polícia Civil vistoriou o carro e a cena do crime recolhendo cápsula deflagrada do mesmo calibre da arma apreendida. Testemunha contou aos policiais que viram Dé correndo atrás do carro e efetuando os disparos.
No encerramento do boletim de ocorrência/BO, ainda não havia relato dos motivos do atentado à bala. Esta FOLHA apurou que Dé tem registros criminais por homicídio qualificado, roubo e caso de violência doméstica com lesão corporal na vítima. A PM registrou no BO que o atirador seria "cidadão considerado de alta periculosidade também por suposto envolvimento com quadrilha de assalto a bancos".