Conforme programação divulgada na coluna Arte & Cultura, conferimos em 21/2 a sessão de cinema, no Auditório da OAB/Ponte Nova, com os documentários “Doce Herança” e “Agentes Transformadores”, produzidos pelas cineastas Mônica Veiga e Dalila Pires, da Atlântico Filmes.
Os dois curtas-metragens são motivo de orgulho por dois motivos: o primeiro é ver a goiabada ser o assunto principal de um filme e o segundo é que podemos ter esperança de uma cidade mais limpa, inclusiva e que respeite o meio ambiente.
Ver todos aqueles depoimentos no “Doce Herança” sobre a importância da atividade do cultivo da goiaba e consequentemente do fabrico da goiabada, sua relevância social e econômica para todos os envolvidos foi muito interessante.
Percebe-se uma atividade que está em nosso “quintal” e muitas vezes a negligenciamos. Como tudo começou, como foi passando de uma geração a outra, o impacto em suas vidas… Vejamos o depoimento do Márcio Mól:
“Plantei 300 pés de goiaba, depois 1.200 e depois 3.000.”
Está fora da nossa realidade saber desses investimentos e – mais que isso – saber que esses produtores levam o nome de Ponte Nova e região para todo o Brasil e várias partes do mundo.
Sabemos do selo de procedência da goiabada cascão, mas na prática ver o impacto que isto causa é motivo de muita celebração.
Este documentário foi patrocinado pela Lei Aldir Blanc e participará de festivais de cinema pelo mundo afora.
Já o “Agentes Transformadores”, resultado de oficina de vídeos produzidos pelos alunos, acende todas as “luzes amarelas” sobre o destino do lixo nosso de cada dia e a importância de a população estar muito atenta ao seu descarte.
Muito legal ver a seriedade do trabalho de todos da Cooperativa de Recicladores de Ponte Nova/Coorpnova e da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Copacabana/Amacopa, com o trabalho desenvolvido na horta comunitária.

Márcio Mol, Maria Antônia, Fabíula Dartora e Dalila Pires
Este documentário foi patrocinado pela Lei Paulo Gustavo e tem a obrigação de ser trabalhado em todas as escolas do município urgentemente.
Disse-nos a cineasta Mônica Veiga: “A satisfação é enorme de poder apresentar esses trabalhos para a sociedade, para os meus conterrâneos. Nossa cidade tem uma riqueza incrível (de belezas, cultura, tradição) e também tem muitos aspectos sociais que precisam ser olhados com mais atenção, e o cinema é uma ferramenta poderosa para contar essas histórias.
Foi maravilhoso ver o Auditório da OAB cheio, com tanta gente interessada, emocionada, refletindo junto com a gente. Agora, é seguir levando esses filmes para o mundo, porque essas histórias merecem ser vistas e ouvidas por muita gente.”
Matheus Oliveira, chefe do Departamento de Cultura e Patrimônio, frisa: “O documentário ‘Doce herança’ possui dupla relevância para nossa cidade com a valorização da goiabada, nosso patrimônio imaterial, que leva o nome de Ponte Nova para todos os cantos do Brasil, e o reconhecimento dos produtores locais, ao retratar sua rotina diária na fabricação do doce e a preservação de suas tradições familiares.
Outro ponto de destaque é a produção do ‘Agentes transformadores’, que impulsionou diversas iniciativas audiovisuais e promoveu a aproximação com produtores ligados ao audiovisual da cidade. Em um momento de crescente valorização do cinema brasileiro, é essencial incentivar ainda mais a produção local, fortalecendo a formação de público e possibilitando novas perspectivas sobre nossa cultura.”
Finalizamos com o depoimento da cineasta Dalila Pires: “Sou grata pela oportunidade que nos foi confiada mais uma vez, através do audiovisual e da nossa Produtora Atlântico Filmes, poder contar uma história tão rica e tão bonita como a da tradição da goiabada cascão. Ponte Nova é riquíssima e poder eternizar isso através de filmes é mágico!”
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