
Um importante indicador, bastante divulgado no campo da economia, é o Produto Interno Bruto, mais conhecido como PIB.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos num período (mês, semestre, ano) e numa determinada localidade (país, estado, cidade, continente), sendo expresso em valores monetários (no caso do Brasil, é expresso em reais). Trata-se de um importante indicador da atividade econômica de uma localidade, podendo representar um cenário de crescimento ou decrescimento econômico.
Muito divulgado em nível de país, seja para observar períodos de crise ou na comparação entre países, o PIB também pode ser divulgado em nível de município, com a contemplação de um período em particular.
É o caso da figura abaixo, apresentando valores do PIB de Ponte Nova.
Figura 1: PIB real do Município de Ponte Nova, de 2002 a 2020

O que se verifica, no geral, é uma tendência de aumento do PIB, com exceção de alguns períodos de queda. Há um aumento considerável entre 2005 e 2011, de aproximadamente 58%, que pode ser reflexo do bom momento da economia brasileira como um todo, principalmente entre o ano de 2006 e 2010. Além disso, pode-se observar uma interrupção do crescimento em 2020, possivelmente relacionado com o início e o agravamento da pandemia de Covid-19.
Mas o que o principal resultado obtido, o aumento do PIB, significa? Afinal de contas, não comemos PIB ou será que comemos?
O PIB é a representação da produção de uma localidade, produção esta que será consumida de alguma forma. E sobre o seu significado, sim, o aumento é um bom sinal, um indicativo de crescimento da atividade econômica local.
Apesar disso, uma ressalva precisa ser realizada, em razão de indicadores que vão além do PIB, principalmente quando analisamos questões sociais e relativas à desigualdade. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o próprio PIB per capita, o PIB dividido pelo número de habitantes, são exemplos de indicadores econômicos mais voltados para o desenvolvimento e a qualidade de vida.
No momento em que há o entendimento desses indicadores, torna-se possível aproveitar melhor o tamanho da sua disponibilidade, tão essencial na atual era dos dados e da informação.
Lucas Adriano Silva – Doutorando em Economia Aplicada pela UFV
Lauro Marques Vicari – Economista (UFV) e mestre em Administração Pública (FJP)